r7 -20/06/2022 14:25
O conselheiro da Petrobras Francisco Petros propôs mudanças
na política de preços da estatal, que teve troca de comando nesta segunda-feira (20). Em nota, a
companhia, que tem sido alvo de críticas do presidente
Jair Bolsonaro, informou que as sugestões ainda não foram discutidas
internamente.
A sugestão feita pelo conselheiro envolve, entre outros
pontos, que a Petrobras discuta uma proposta de congelamento dos preços por 45
dias, além da formação de um grupo de trabalho com representantes da empresa,
do mercado de combustíveis e do governo para uma nova fórmula de reajuste.
Novo presidente
Mais cedo, a Petrobras anunciou Fernando Borges como presidente interino da
estatal. Ele será o substituto de José Mauro Ferreira Coelho, que pediu demissão do cargo. Borges
é diretor-executivo de Exploração e Produção foi nomeado pelo Conselho de
Administração, em decorrência da vacância na presidência da companhia.
De acordo com a Petrobras, Borges, que é funcionário de
carreira, ficará no posto até a eleição e a posse de novo presidente da
estatal. O governo havia indicado o secretário de Desburocratização do Ministério
da Economia, Caio Mário Paes de Andrade, para o cargo.
Mauro tomou posse no dia 14 de abril deste ano. À
época, argumentou que a redução da dívida bruta da estatal, em pouco menos de
R$ 60 bilhões, abria espaço para investimentos e que havia a intenção de
reduzir os custos de extração de petróleo, com o objetivo de aumentar a
produtividade.
Coelho substituiu o general Joaquim Silva e Luna, demitido por Bolsonaro
no fim de março. Na ocasião, o presidente chegou a dizer que o comando da
estatal precisava de "alguém mais profissional". Após a decisão, o
militar defendeu a gestão à frente da estatal e as decisões adotadas, alvo de
críticas por parte do governo em razão dos sucessivos repasses de aumentos no
preço dos combustíveis ao consumidor.
O químico foi o terceiro a ocupar o posto na estatal durante
o governo Bolsonaro, depois de Joaquim Silva e Luna e Roberto Castello Branco. Ele deixou o comando da
estatal pelos mesmos motivos que seus antecessores: os reajustes feitos no
preço dos combustíveis, que têm incomodado Bolsonaro no ano em que busca a
reeleição e aparece em segundo lugar nas pesquisas eleitorais.
Bolsonaro critica de forma recorrente a política de preços da Petrobras, que adota o modelo
PPI (Preço de Paridade Internacional), o que faz com que o preço de gasolina,
etanol e diesel acompanhe a variação do valor do barril de petróleo no mercado
internacional.