metropoles -28/11/2024 16:32
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não descarta mais mudanças na regra fiscal, após anunciar, nesta quinta-feira (28/11), o pacote de corte de gastos.
“São passos muito importantes esses que estão sendo dados.
E, se precisarem outros, e certamente vai haver necessidade, nós vamos estar
aqui para voltar à mesa do presidente com as nossas ideias e sintonizar as
nossas ações em torno desse projeto”, falou sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Haddad ressaltou que o “nosso trabalho não se encerra, não
existe bala de prata”, mas se disse “satisfeito” com o “resultado desse ano”.
Assim como o ministro da Casa Civil, Rui Costa, Haddad
criticou o mercado financeiro durante a coletiva de imprensa.
“Sei que ouvem o mercado, é dever de vocês, mas têm que
colocar em xeque as previsões que não aconteceram”, afirmou, antes de citar que
agentes financeiros preveem crescimento de 1,5% no país, enquanto a Fazenda
apresentou uma projeção estimada em mais de 3%.
“Ele não errou pouco, chutou 1,5%, vai a 3%”,
reforçou. Já
Rui acusou o mercado de estar “precificando no presente um
desequilíbrio futuro das contas públicas. E aqui se está garantindo que esse
desequilíbrio de longo prazo não ocorrerá”.
De manhã, ministros se reuniram no Palácio do Planalto para
explicar o corte de gastos e, com as medidas, preveem poupar, de 2025 a 2030,
até R$ 327 bilhões. A curto prazo, a economia estimada é de R$ 70 bilhões até 2026.