O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta sexta-feira (29/11), um apoio financeiro de R$ 10,65 bilhões, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), para o estado de São Paulo.

O evento no Palácio do Planalto contou com a presença do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do prefeito da capital do estado, Ricardo Nunes (MDB).

As obras serão focadas em infraestrutura, com operações para implementar o trem entre São Paulo e Campinas, alongar a linha verde do metrô da capital, finalizar o Rodoanel Mário Covas e comprar mais de 1 mil ônibus elétricos.

Lula não discursou. Em sua fala, Nunes chamou Tarcísio e o ministro Jader Filho, das Cidades, de “irmão”.

“Venho aqui hoje com meu irmão, o governador Tarcísio de Freitas, com esse objetivo de olhar as pessoas. Teremos a COP [Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas] na cidade do meu irmão Jader”, afirmou sobre a COP30, que será em Belém no próximo ano.

A fala de Rui Costa, ministro da Casa Civil, chamou a atenção ao citar as tentativas de golpes de Estado que envolveriam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados.

O ministro falou que Lula “demonstra, mais do que nunca, a figura de um estadista, que não se abala um milímetro mesmo com todas as informações e notícias que vieram à tona daqueles que tramaram um golpe de Estado”.

“Chegaram a tramar algo que ninguém nesse salão e nesse país imaginava que poderia acontecer, que alguém teria coragem e que poderia tramar a captura, o sequestro e a morte de um ministro do Supremo Tribunal Federal, de um presidente da República eleito, de um vice-presidente da República eleito”, disse.

“E o senhor mostra a força e a convicção do estadista que é, que ficou explícito na reunião do G20, colocando, no mesmo salão, o que nem as reuniões da ONU [Organização das Nações Unidas] têm conseguido: ao mesmo tempo, no mesmo horário, tantos líderes de países reunidos”, completou.

Na saída, Tarcísio e Nunes foram questionados sobre o discurso de Rui, já que o governador e prefeito são alinhados ao bolsonarismo. Ambos não quiseram responder a imprensa.