metropoles -05/10/2024 05:38
O X
(antigo Twitter) voltou a pedir, na noite desta sexta-feira (4/10) o
desbloqueio de sua plataforma no Brasil, após afirmar que não foi devidamente
informada sobre os detalhes para o pagamento da multa de R$ 28,6 milhões
imposta pelo Supremo
Tribunal Federal (STF). A informação foi revelada pela CNN.
A solicitação ocorre depois que o ministro Alexandre de
Moraes determinou, no final da tarde desta sexta, que a empresa regularizasse
um depósito feito de forma equivocada.
Em petição encaminhada ao STF, o X Brasil alegou que nunca
foi intimado pela Corte para efetuar o pagamento por meio de uma conta
vinculada especificamente aos autos do processo.
A empresa argumentou que o pagamento de R$ 28,6 milhões foi
realizado por meio de uma guia de depósito gerada pela Caixa
Econômica Federal, conforme orientações recebidas diretamente do Supremo.
“O X Brasil jamais foi intimado a efetuar o referido
pagamento por meio de depósito na conta vinculada a estes autos (Banco do
Brasil – código 0001; agencia 1607-1, conta 170500-8). Pelo contrário, o mesmo
foi realizado por meio do pagamento de guia de depósito emitida pela Caixa
Econômica Federal (CEF) de acordo com as orientações recebidas deste E. Supremo
Tribunal Federal”, diz a petição do X.
A defesa do X solicitou um novo desbloqueio, uma vez que a
empresa considera que cumpriu a única condição necessária para o levantamento
da restrição imposta por Moraes: o pagamento integral da multa.
A companhia destacou que o valor total da penalidade já foi
quitado, e que o depósito realizado foi, de fato, comprovado.
X transfere R$ 28 milhões para conta errada
O ministro Alexandre de Moraes, em decisão anterior, também nesta sexta, determinou que a rede
social regularizasse o pagamento, alegando que o valor, de R$ 28,6 milhões foi
transferido para a conta errada, vinculada à Caixa, e não para a conta correta do
Banco do Brasil, conforme estabelecido.
O ministro determinou que a Caixa Econômica Federal
procedesse com a transferência imediata do montante para a conta correta, a fim
de garantir que as multas fossem integralmente pagas.
Além disso, o ministro determinou que, após a regularização
do depósito, o caso fosse encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR) para análise das
providências adotadas pelo X. Com a situação ainda pendente, o desbloqueio da
plataforma segue suspenso até que todos os trâmites sejam concluídos.