cnn -06/01/2025 17:15
A Câmara e o Senado dos Estados Unidos certificaram e
validaram, em sessão conjunta nesta segunda-feira (6), a vitória de Donald
Trump nas eleições realizadas em novembro de 2024.
A cerimônia começou por volta das 15h (horário de Brasília)
e foi realizada no Capitólio, edifício sede do Congresso americano, em
Washington D.C., capital dos Estados Unidos. Ela durou cerca de 30 minutos.
JD Vance, companheiro de chapa de Trump e vice-presidente
eleito, estava na sala. Ele é senador do estado de Ohio.
Comandada pela atual vice-presidente Kamala Harris,
candidata democrata derrotada pelo republicano no pleito, a certificação era
a última etapa do processo eleitoral antes da posse de Trump, marcada para o
dia 20 de janeiro, também em Washington D.C..
Nessa cerimônia, dois senadores e dois integrantes da Câmara
foram selecionados como “escrutinadores”. Eles se sentaram na frente do Salão
da Câmara e contabilizaram os votos dos delegados – figura do sistema eleitoral
dos EUA.
O evento aconteceu com segurança reforçada, tendo em mente a
invasão do Capitólio na última certificação, em janeiro de 2021, quando
apoiadores de Trump tentaram impedir a validação da vitória de Joe Biden.
O Secretário de Segurança Interna dos EUA determinou que
esse era um Evento Nacional de Segurança Especial — essa foi a primeira vez que
essa designação foi concedida para a certificação, seguindo uma solicitação do
prefeito de D.C..
Por que Kamala Harris teve papel-chave na certificação de
Trump?
Ao final da contagem dos votos dos delegados, o presidente
do Senado anuncia os resultados. Quem lidera o Senado americano é o
vice-presidente do país, por determinação da Constituição.
Assim, neste caso, quem
presidiu a sessão de certificação foi Kamala Harris, candidata derrotada
por Trump no último pleito.
Ela não foi a primeira vice-presidente a confirmar a própria
derrota. Em 2001, por exemplo, o vice-presidente democrata Al Gore presidiu a
contagem da eleição de 2000, na qual ele perdeu para o republicano George W.
Bush.
Capitólio foi invadido na última certificação
Após a última eleição presidencial, o Capitólio
foi invadido por apoiadores de Donald Trump, que queriam impedir a
certificação da vitória de Joe Biden.
O democrata derrotou o republicano nas eleições
presidenciais de 2020, mas Trump não reconheceu o resultado e afirmou, sem
provas, que houve fraude.
A invasão aconteceu no dia 6 de janeiro de 2021, e a sessão
do Congresso era presidida por Mike Pence, então vice-presidente de Trump e
companheiro de chapa do republicano.
A sessão de certificação precisou ser interrompida. Os
congressistas conseguiram retornar ao Capitólio e retomar a certificação apenas
na madrugada do dia seguinte.
Certificação ocorre em meio a nevasca histórica
Além do procedimento eleitoral, a capital americana também
protagoniza outro evento histórico nesta segunda-feira e atravessa uma forte
nevasca, que pode chegar a dois metros de altura.
O prefeito de Washington declarou estado de “emergência de
neve”. Escolas e escritórios também fecharam devido ao tempo ruim. Houve,
ainda, o cancelamento e adiamento de mais de 1.300 voos em todo o país.