metropoles -30/10/2024 18:59
O ministro da Educação, Camilo
Santana, afirmou ser consenso no Ministério da Educação (MEC) o veto do uso de
celular no ambiente escolar, principalmente dentro de sala de aula. Durante
coletiva realizada no G20 Educação em Fortaleza (CE), nesta quarta-feira
(30/10), o chefe da pasta informou que a ideia é aproveitar os projetos de lei
que já tramitam no Congresso, em vez de apresentar proposta própria.
“Temos a ideia de aproveitar projetos de lei já estão na
Câmara. O MEC está
dialogando com projeto que já está sendo discutido na Comissão de Educação,
para que a gente possa aprovar um projeto que possa regular e proibir o uso do
aparelho celular individual dentro da sala de aula”, afirmou Santana.
O projeto de lei (PL) nº 104/2015, que veta o uso de
aparelhos eletrônicos nas salas de aula, foi aprovado nesta quarta (30/10) na
Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. O texto, agora, segue para a
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)
e, depois, para votação no plenário.
Santana explica que o esperado é que, salvo em exceções que
envolvam a saúde, o aparelho só possa ser utilizado dentro de sala de aula para
fins pedagógicos. O MEC têm ouvido os conselhos estaduais municipais de
educação, experiências de outros países e especialistas no assunto para
fomentar a discussão.
“Há um consenso dentro do MEC em relação a isso, e estamos
sugerindo algumas mudanças no projeto inicial que está na comissão. É um bom
debate e as experiências do mundo inteiro mostram o prejuízo que tem sido o
déficit de atenção no uso de aparelhos celulares ou equipamentos digitais e
tecnológicos dentro de sala de aula.”
O ministro também cita que situações cotidianas em que o
celular afeta a socialização das pessoas e afirma ser necessário um limite que
pode ser imposto pelo ambiente escolar.
“Precisa ter um limite. A tecnologia é importante, mas
precisa ter um limite, e acho que a escola é um espaço importante pra cidadania
digital, e para que a gente possa garantir que a criança possa aprender bem,
ter qualidade no aprendizado e só usar equipamento celular ou tecnológico para
fins pedagógicos.”