metropoles -04/01/2025 08:30
O presidente reeleito dos Estados Unidos, Donald Trump, deve comparecer à Justiça do país na próxima sexta-feira (10/1). A determinação partiu do juiz Juan Merchan, que preside o processo no qual o republicano foi condenado, em maio de 2024. O magistrado entendeu que Trump praticou uma fraude contábil. O magistrado adiantou que não haverá ordem de prisão.
No processo, ficou configurado que Trump tentou esconder o
pagamento de US$ 130 mil, como gastos da campanha. O valor foi repassado para a
atriz pornô Stephanie Gregory Clifford. O motivo seria a tentiva de que
ela ficasse em silêncio sobre um encontro entre ambos. As informações são da
NSBC News.
Trump poderá optar por comparecer à Justiça presencialmente
ou virtualmente. A pena para o caso poderia chegar a até 4 anos. A condenação
de Trump foi determinada por um júri de Nova York em maio de 2024. O colegiado
se reuniu por 9 horas e meia para tomar a decisão referente ao caso, que inclui
ao todo 34 acusações, todas elas confirmadas pelos membros do júri.
“Embora este Tribunal, por uma questão de direito, não deva
tomar qualquer decisão sobre a sentença antes de dar às partes e aos réus a
oportunidade de serem ouvidos, parece apropriado, neste momento, dar a conhecer
a inclinação do Tribunal de não impor qualquer pena de encarceramento, uma
sentença autorizada pela convicção, mas que o povo admite que não considera mais
uma recomendação praticável”, escreveu o juiz na sentença.
A data para que Trump compareça
à Justiça precede, exatamente, os dez dias anteriores à posse dele, marcada
para o próximo dia 20. O mandato será o 47º na história de um presidente dos
Estados Unidos. Se fosse preso, Trump seria o primeiro presidente do país a
exercer um mandato encarcerado. Ele é o primeiro na função política a receber
uma condenação.
Trump venceu a democrata Kamala
Harris em uma das campanhas mais disputada da história dos Estados
Unidos, mas que acabou com uma diferença importante em favor do republicano.
O crime
O pagamento dos US$ 130 mil à atriz pornô, conforme as
investigações, foi realizado às vésperas da campanha presidencial de 2016,
quando Trump venceu a corrida à Casa Branca contra Hillary Clinton.
Trump sempre se defendeu das acusações alegando que não se tratava de suborno, mas sim de um “acordo de
confidencialidade”. “A imprensa fala de dinheiro de suborno e na verdade foi um
acordo de confidencialidade totalmente legal”, alegou o republicano à época da
condenação pelo júri.