metropoles -07/01/2025 21:50
O presidente eleito Donald Trump afirmou nesta terça-feira (7/1) que, caso os reféns mantidos em Gaza pelo Hamas não sejam libertados até sua posse em 20 de janeiro, “o inferno vai se instalar no Oriente Médio”. A fala ocorreu durante uma coletiva de imprensa realizada em Mar-a-Lago, na Flórida.
“Não será bom para o Hamas e não será bom, francamente, para
ninguém. O inferno vai explodir. Não preciso dizer mais nada, mas é isso”,
disse Trump, acrescentando que “nunca deveria ter havido” o ataque de 7 de
outubro do Hamas a Israel.
Steve Witkoff, investidor imobiliário escolhido por Trump
para servir como enviado especial ao Oriente Médio durante seu governo, afirma que os
negociadores estão “fazendo muito progresso” em um acordo para libertar reféns
mantidos em Gaza e que está “realmente esperançoso de que, na posse, teremos
algumas coisas boas para anunciar em nome do presidente”.
Ainda durante a coletiva, Trump afirmou que o Golfo do
México deveria ser chamado de “Golfo da América”. “Nós vamos mudar o nome do Golfo do
México para ‘Golfo da América’. A gente faz todo o trabalho lá”, disse Trump.
“Que nome lindo. E é apropriado”, concluiu. Apesar da afirmativa, o presidente
não detalhou como faria a mudança de nome.
O Golfo do México é o maior golfo do mundo, com uma
superfície de aproximadamente 1,55 milhão km². Além disso, a região é rica
em petróleo.
Em seguida, Trump voltou a falar sobre o Canal do Panamá, região pela qual ele já demonstrou
interesse de ter controle. O republicano se recusou a dizer que não usaria
medidas militares ou econômicas para colocar o canal e a Groenlândia sob
domínio dos EUA.
“Não, não posso lhe garantir nenhuma dessas duas coisas”,
respondeu Trump quando um repórter perguntou se ele descartaria “coerção
militar ou econômica” para colocar os EUA no comando das duas áreas. “Mas,
posso dizer isso, precisamos deles para a segurança econômica. O Canal do
Panamá foi construído para nossos militares […] O Canal do Panamá é vital para
o nosso país. Ele está sendo operado pela China e nós demos o Canal do Panamá
ao Panamá. Nós não o demos à China, e eles abusaram dele”, afirmou o presidente
eleito dos EUA.