metropoles -27/07/2024 22:42
Ao menos dois políticos que acompanhariam as eleições
na Venezuela, que
serão realizadas neste domingo (28/7), foram deportados e impedidos participar
do pleito como observadores internacionais.
O primeiro caso foi denunciado pela comitê de campanha
de Edmundo
González, que aparece na frente de Nicolás
Maduro nos últimos levantamentos de intenção de voto divulgados no
país.
Trata-se do ex-deputado espanhol Víctor González, do partido
de extrema-direita Vox. Segundo a oposição,
o político chegou a entrar na Venezuela nessa sexta-feira (26/7), mas o governo
foi “procurá-lo no hotel para deportá-lo”.
A campanha de Edmundo González compartilhou vídeos do
político espanhol supostamente deixando o país.
Horas depois, o deputado do Uruguai Pablo Viana, que
também acompanharia a votação a convite da oposição, informou que foi deportado
da Venezuela.
“Fui deportado, há poucos momentos, juntamente com um padre
católico espanhol e três mulheres colombianas”, escreveu o parlamentar no X.
“Procuramos com muita discrição e respeito acompanhar María Corina Machado e
todo o povo venezuelano [nas eleições], mas os funcionário do aeroporto, depois
de 4 horas incomunicáveis e de consultas com seus comandantes superiores, e eu
diria até com uma pitada de resignação, nos escoltaram até o avião para nos
levar de volta à Bogotá”.
Na sexta, uma delegação
de deputados da Europa já haviam sido deportados pelo governo
venezuelano. Um
outro grupo, composto de autoridades e ex-presidentes da América Latina, também
foram impedidos de participar das eleições como observadores, e não tiveram
permissão de decolar para a Venezuela.
Nicolás Maduro nega envolvimento
Maduro comentou a onda de deportações em uma entrevista a um
programa local, neste sábado (27/7), e classificou as autoridades que foram
retiradas da Venezuela de ridículas.
“São ridículos, porque sabem que são pessoas indesejáveis”,
afirmou o líder chavista. Segundo Maduro, “eles não foram convidados pelo poder
eleitoral” da Venezuela, que decide quem pode participar das eleições.
Na mesma entrevista, Maduro negou ter qualquer envolvimento
com as deportações e disse estar se preocupando com outras coisas no momento.
“Tenho muito trabalho, vocês não vão me ver falando quem
entra e quem não entra [na Venezuela]”, declarou.