metropoles -13/11/2023 22:35
O Partido da Causa Operária (PCO), de extrema-esquerda, investiu
R$ 1 milhão para pagar pelos serviços de militantes do partido que
manifestam apoio
às ações do grupo terrorista Hamas. A prestação de contas é referente a
2022, já que a sigla não apresentou o balanço financeiro deste ano ao TSE.
A legenda recebeu R$ 3.102 milhões de fundo eleitoral e, com
doações de militantes, arrecadou R$ 3.180 milhões no ano passado.
O partido de extrema-esquerda gastou R$ 555 mil em materiais
impressos na empresa J.C.O. Gráfica e Editora Ltda, que tem uma dirigente do
PCO como sócia-administradora. Lísia Sakai, candidata a deputada federal pela
sigla em 2022, gravou um vídeo, no último dia 10, em que declara apoio à “luta
armada de Hamas contra o estado genocida de Israel”.
Outros R$ 205 mil foram gastos pelo PCO com materiais
audiovisuais produzidos por Francisco Weiss Muniz. Ele se identifica no X (o
antigo Twitter) como militante do partido. Muniz usa o perfil para compartilhar
postagens em que atribui os ataques terroristas contra civis israelenses, ocorridos no
dia 7 de outubro, ao Exército de Israel. Também retuitou elogios ao Hamas.
Juliano Vital Brazil Simonard, outro militante do PCO,
ganhou R$ 136 mil para prestar serviços técnico-profissionais. Simonard usa o
seu perfil no X para compartilhar imagens e textos em apoio ao Hamas. Entre as
postagens estão críticas aos partidos de esquerda que condenaram os ataques do
Hamas contra civis israelenses.
João Vitor Dauzaker de Souza também é militante do PCO e
recebeu R$ 126 mil para prestar serviços técnico-profissionais. Ele compartilha
postagens que classificam as ações do Hamas como autodefesa. Na publicação mais
recente, Souza republicou uma fotografia com legenda crítica à esquerda. “A
esquerda que não defende o Hamas precisa nos explicar como que os palestinos
vão enfrentar Israel. Com flores e nota de repúdio?”, diz a mensagem.
O PCO tem organizado atos em São Paulo em apoio à atuação do
Hamas na guerra contra Israel. O presidente do partido, Rui Costa Pimenta, já disse publicamente que concorda
“1000%” com o Hamas.