metropoles -02/09/2024 14:46
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou ao Congresso
Nacional, nesta sexta-feira (30/8) o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA)
de 2025 em que prevê a reserva de R$ 38,9 bilhões para execução de emendas
parlamentares impositivas. A previsão inicial no orçamento anterior
foi de 44,67 bilhões.
As emendas parlamentares são aqueles recursos indicados
pelos deputados federais e senadores ao Orçamento da União. O mecanismo pode
modificar a previsão da receita, a destinação ou o valor do recurso.
O documento prevê a destinação de R$ 12,3 bilhões das emendas
individuais para ações e serviços públicos de saúde e mais R$ 7,1 bilhões para
as emendas de bancada para as mesmas atividades, juntas chegam a R$ 19,4
bilhões.
Isso ocorre porque 50% do total das emendas individuais
devem ser destinadas de forma obrigatória para a área da saúde.
As emendas parlamentares são uma forma dos deputados e
senadores de destinarem recursos para as devidas bases eleitorais. No entanto,
é frequentemente alvo de críticas em decorrência da rastreabilidade e
transparência.
Do total de R$ 44,67 bi previstos na PLOA passada, foram R$
25,07 bilhões em emendas individuais, R$ 11,05 bilhões em emendas de comissões
e R$ 8,56 bilhões em emendas de bancadas estaduais.
Emendas emendas parlamentares
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal
Federal (STF), determinou a execução das emendas parlamentares ao Orçamento
da União. Para o magistrado, é necessário aumentar a transparência na
transferência de recursos do Executivo federal para os entes federativos.
A decisão teve repercussão imediata no Legislativo. A Câmara
dos Deputados, por exemplo, suspendeu a análise do segundo texto da
regulamentação da reforma tributária, texto importante para equipe econômica do
governo Lula.
Outra reação foi a rejeição de uma medida provisória que
libera crédito extraordinário de R$ 1,3 bilhão para o Judiciário.
Depois, o presidente do STF, o ministro Luís Roberto
Barroso, convidou os representantes dos três poderes para um almoço na sede da
Corte para discutir a transparência nas emendas parlamentares. O encontro
terminou com um entendimento para garantir maior clareza na transferência de
recursos.
Inclusive, encerrava nesta semana o prazo dado pelo STF para
que o Congresso e o governo federal chegassem a um acordo final para liberação
das emendas impositivas e as emendas de transferência especial, as “emendas
Pix”.
No entanto, o prazo foi estendido por mais dez dias pelo
STF.