metropoles -07/08/2025 12:46
A oposição conseguiu 41 assinaturas e entrou no Senado com um pedido de impechament contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em um esforço concentrado após Moraes determinar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a oposição buscou nos últimos dias as assinaturas necessárias para protocolar o pedido. O 41º a concordar foi o senador Laércio Oliveira (PP-SE), que assinou nesta quinta-feira (7/8).
Com isso, os líderes da oposição anunciam nesta manhã o fim
da obstrução aos trabalhos do Senado e da ocupação da Mesa Diretora. Agora, os
parlamentares ligados a Bolsonaro vão se concentrar em pressionar o presidente
do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a iniciar esse processo de impeachment
contra Moraes. A decisão cabe a ele.
“Estamos desobstruindo e a oposição vai participar dos
debates das pautas que interessam ao Brasil, pautas que interessam a todos,
para aquém das questões ideológicas”, declarou o líder da oposição, senador
Rogério Marinho (PL-RN).
Tramitação
Caso o senador Davi Alcolumbre aceite iniciar o processo de
impeachment de Moraes, para que o impedimento ocorra de fato, são necessários
os votos de 54 senadores, dois terços do total de 81.
“Momento histórico”
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também participou da
entrevista coletiva da oposição e disse que o Brasil vive “um momento
histórico”.
“Alexandre de Moraes precisa voltar a ter limites”, disse o
filho mais velho do ex-presidente Bolsonaro. “Estive com o meu pai ontem
[quarta] é sempre muito duro ver uma pessoa honesta passando por isso tudo.
Quando uma pessoa inocente passa por isso, precisa ser muito firme. Ele se
mostrou muito forte, a gente sai fortalecido pela força dele”, completou Flávio.
Pressão pela anistia
Flávio Bolsonaro reafirmou ainda que houve um acordo com o
presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para que seja pautada a
anistia aos acusados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.