cnn -08/02/2024 08:50
Em meio à disputa sobre o controle do orçamento e emendas
parlamentares entre Executivo e Legislativo, o presidente da Câmara dos
Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e líderes da Casa questionaram a ministra da
Saúde, Nísia Trindade, sobre a aplicação e distribuição de recursos pela pasta.
Um ofício com o requerimento de informações foi encaminhado
ao Ministério da Saúde nesta semana. O documento é assinado por Lira e pelos
líderes do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), do PL, Altineu Côrtes (RJ), do
PSDB, Adolfo Viana (BA), do Republicanos, Hugo Motta (PB), do PDT, Afonso Motta
(PDT-RS) e do Podemos, Romero Rodrigues (PB).
O Ministério da Saúde tem até 8 de março para responder às
perguntas sobre a composição dos recursos e os critérios para a distribuição de
verbas às ações da saúde de atenção primária e atenção de média e alta
complexidade ambulatorial e hospitalar.
Na justificativa do pedido, os deputados afirmam que, embora
o ministério disponibilize relatórios sobre a execução orçamentária em seu
portal, “o que se verifica na prática, são informações que não permitem uma
análise global e individualizada por estados e municípios, para melhor
compreensão da distribuição dos recursos federais para o sistema de saúde, e
atendimento da população”.
“Com as informações disponibilizadas, sistema utilizado em
que somente os entes têm acesso, fica impossível o acesso aos deputados e aos
cidadãos comuns da real necessidade de recurso pelos municípios e estados para
promoção da saúde, motivo pelo qual se faz necessário o presente requerimento”,
acrescenta.
Dessa forma, pedem que sejam esclarecimentos pontos sobre a
distribuição dos recursos, bem como relação de beneficiários e valores.
Parte do Congresso está insatisfeita com o veto presidencial
em cima de cerca de R$ 5,6 bilhões em emendas de comissões do Congresso, e
defende um controle maior dos parlamentares sobre o orçamento federal. Além
disso, há quem defenda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) coloque
um político mais simpático ao centrão à frente do Ministério da Saúde.
Veja as perguntas feitas pelos deputados federais:
Quais os critérios utilizados para elaboração dos limites
orçamentários e financeiros para repasses obrigatórios do governo federal, aos
entes federados, para patrocínio da saúde e Atenção Primária (PAP) e da Média e
Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar (MAC)?
Quais foram os limites fixados aos entes em 2023 para
repasse da Atenção Primária (PAP) e da Média e Alta Complexidade Ambulatorial e
Hospitalar (MAC)?
Quais são os componentes e programas considerados para a
definição dos limites de teto da Atenção Primária (PAP) e da Média e Alta
Complexidade Ambulatorial e Hospitalar (MAC)?
Há distinção na composição dos tetos de Atenção Primária
(PAP) e Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar (MAC) referentes às
emendas parlamentares e os recursos de transferências próprias deste
Ministério?
Em havendo tetos distintos, quais são os parâmetros
utilizados para fixação do teto das emendas parlamentares?
No ano de 2023, quais portarias indicam as transferências
obrigatórias de recursos realizadas aos Estados, DF e Municípios de forma
regular, bem como em reforço de teto em parcela única de Atenção Primária (PAP)
e Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar (MAC) por este
ministério, com detalhamento de beneficiários e valores repassados?
Para liberação de parcela única de reforço orçamentário,
seja Atenção Primária (PAP) ou da Média e Alta Complexidade Ambulatorial e
Hospitalar (MAC), quais foram os critérios utilizados e respectivos valores per
capita para repasse?