cnn -08/01/2024 15:56
A possibilidade de alteração ou até mesmo extinção da norma
que assegura o direito à saída temporária de presos em datas comemorativas foi
confirmada na manhã desta segunda-feira (8) pelo presidente do Senado, Rodrigo
Pacheco (PSD-MG).
“Embora o papel precípuo da segurança pública seja do Poder
Executivo e, o de se fazer justiça do Poder Judiciário, o Congresso Nacional
atuará para promover as mudanças necessárias na Lei Penal e na Lei de Execução
Penal, inclusive reformulando e até suprimindo direitos que, a pretexto de
ressocializar ou proteger, estão servindo como meio para a prática de mais e
mais crimes”, declarou.
“Ou reagimos fortemente à criminalidade e à violência, ou o
país será derrotado por elas”, completou Pacheco.
O senador se manifestou sobre o tema em razão do assassinato
recente de três policiais militares em Minas Gerais e São Paulo.
Na noite deste domingo (7), a Polícia Militar de Minas
Gerais confirmou
a morte do sargento Roger Dias da Cunha, após ser baleado em um confronto
com um criminoso que não retornou ao presídio após a saidinha de fim de ano, em
Belo Horizonte.
Segundo Pacheco, “o crime foi de gravidade acentuada e gerou
a todos grande perplexidade e tristeza. Policiais estão morrendo no cumprimento
de sua função e isso nos obriga a reagir”. “Armas estão nas mãos de quem não
tem condição de tê-las, e a liberdade para usá-las garantida a quem não devia
estar em liberdade.”
O presidente do Senado relembrou também a morte
do policial militar Patrick Bastos Reis, assassinado ao cumprir um mandado
de busca e apreensão no Guarujá, e o óbito
da policial civil Milene Bagalho Estevam, morta por um homem que a recebeu
a tiros num bairro nobre da cidade de São Paulo.
Na sexta-feira (5), após o sargento Dias ser baleado em Belo
Horizonte, o governador do estado, Romeu Zema, se manifestou nas redes sociais
criticando a norma que beneficia os detentos.
“Leis ultrapassadas podem tirar a vida de mais um policial
em Minas. Bandidos com histórico de violência são autorizados para ‘saidinha’,
que resulta em insegurança pra todos brasileiros. Passou da hora disso acabar.
A mudança tá parada no Congresso. Até quando?”, escreveu Zema.