metropoles -05/09/2025 18:23
Integrantes da equipe de Donald Trump acompanham as novas denúncias de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, apresentadas à comissão de Segurança Pública do Senado Federal.
Em contato com a coluna nesta sexta-feira (5/9), um
representante do governo dos Estados Unidos afirmou: “Estamos cientes das
alegações apresentadas por Eduardo Tagliaferro durante audiência pública no
Senado brasileiro”.
O material tem potencial para botar na mira de Washington
servidores que atuaram com Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Corte
na qual Tagliaferro assessorou o magistrado. Sanções à advogada Viviane Barci
de Moraes, esposa de Alexandre, deverão ser oficializadas nos próximos dias,
como complemento da Lei Magnitsky.
Em entrevista ao Metrópoles, na quarta-feira,
Tagliaferro disse que enviou a integrantes do Departamento de Estado
norte-americano os documentos que embasaram as acusações feitas contra Moraes
no Senado.
Assim como Eduardo Bolsonaro (PL), ele atuará para que
Moraes seja sancionado na Europa. Tagliaferro e o deputado licenciado deverão
se encontrar na Itália, país no qual o ex-assessor do TSE reside atualmente.
Por meio de nota, o gabinete de Alexandre de Moraes no STF
rebateu as acusações de Tagliaferro e afirmou que o magistrado respeitou os
trâmites e agiu de forma oficial e regular ao determinar operação policial
contra empresários bolsonaristas em 2022. Veja abaixo a íntegra da nota.
Alexandre de Moraes se manifesta
“O gabinete do Ministro Alexandre de Moraes esclarece que,
no curso das investigações dos Inq 4781 (Fake News) e Inq 4878 (milícias
digitais), nos termos regimentais, diversas determinações, requisições e
solicitações foram feitas a inúmeros órgãos, inclusive ao Tribunal Superior
Eleitoral, que, no exercício do poder de polícia, tem competência para a
realização de relatórios sobre atividades ilícitas, como desinformação,
discursos de ódio eleitoral, tentativa de golpe de Estado e atentado à
democracia e às instituições.
Os relatórios simplesmente descreviam as postagens ilícitas
realizadas nas redes sociais, de maneira objetiva, em virtude de estarem
diretamente ligadas às investigações de milícias digitais.
Vários desses relatórios foram juntados nessas investigações
e em outras conexas e enviadas à Polícia Federal para a continuidade das
diligências necessárias, sempre com ciência à Procuradoria-Geral da República.
Todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente
documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral
participação da Procuradoria-Geral da República.
Na PET 10.543, o procedimento foi absolutamente idêntico.
Após a decisão do Ministro relator, em 19 de agosto, foi solicitado relatório
para o TSE, que foi juntado aos autos no dia 29 de agosto, tendo sido dada
vista imediata às partes. O recurso da PGR não foi conhecido pelo STF, em 9 de
setembro. Tudo regular e oficialmente nos autos.”