metropoles -23/11/2024 16:43
O governo Lula (PT), por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, decidiu instaurar processo administrativo sancionatório contra 17 operadoras de planos e quatro associações de saúde por cancelamentos unilaterais de contratos e por práticas consideradas abusivas.
Os cancelamentos ferem os princípios do Código de
Defesa do Consumidor (CDC) e da regulamentação do setor de saúde
suplementar.
A decisão ocorre após a conclusão de um estudo detalhado de
monitoramento de mercado, que identificou as irregularidades nas rescisões.
“Não podemos permitir que empresas do setor de saúde
desrespeitem os consumidores, ainda mais em situações que colocam vidas em
risco”, afirmou o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous.
Segundo o levantamento do órgão ligado ao Ministério da
Justiça, as operadoras notificadas têm utilizado lacunas contratuais ou
interpretado normas de forma prejudicial ao consumidor para justificar
rescisões.
A análise feita pela Senacon aponta que os rompimentos unilaterais
ocorrem sem justificativa plausível ou descumprem o princípio da continuidade
do atendimento, provocando interrupção de tratamentos essenciais e aumento da
judicialização no setor.
Quando o processo sancionatório for instaurado, as empresas
serão devidamente notificadas e terão prazo para apresentar defesa e corrigir
eventuais irregularidades.
Enquanto o processo segue, consumidores podem registrar
denúncias junto aos órgãos de defesa, como a plataforma consumidor.gov.br e os
Institutos de Defesa do Consumidor (Procons) estaduais.