metropoles -18/08/2025 13:01
Eduardo Bolsonaro mandou um “último recado” às autoridades brasileiras sobre a disposição do governo dos Estados Unidos em estabelecer novas sanções ao Brasil. O “conselho”, como chamou o deputado, foi publicado em duas redes sociais após a divulgação da data de julgamento de Jair Bolsonaro na ação penal sobre o plano de golpe de Estado em 2022.
No vídeo, Eduardo mostra a carta enviada pelo presidente dos
EUA, Donald Trump, antes da prisão domiciliar de Bolsonaro,
decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
“Eu vou mostrar o que eu recebi agora na Casa Branca, no
último encontro que eu tive com uma das autoridades que conversam diretamente
com Donald Trump. ‘The Honorable Jair Messias Bolsonaro, 38th President of the
Federal Republic of Brazil’. foi o presidente Trump para o Jair Bolsonaro,
tecendo elogios, falando na preocupação dele com a prisão, a perseguição que
ele tá sofrendo. Nesse tempo que ele ainda não estava em prisão domiciliar”,
disse Eduardo Bolsonaro, segurando a carta.
“Esse cara aqui ganhou do Trudeau [primeiro-ministro] no
Canadá, ganhou o que ele queria do México, aumentou o PIB da União Europeia
para fim de defesa. Esse cara aqui, ele senta com Putin [presidente da Rússia],
ele aperta a mão do Kim Jong-un [ditador da Coreia do Norte], ele bombardeia o
Ali Khamenei [líder religioso do Irã]. Vocês acham mesmo que são vocês que vão
conseguir parar e enrolar esse cara daqui?”, disse o deputado.
“Porta na cara”
Eduardo Bolsonaro também sugeriu ainda que o Itamaraty não
tem acesso à Casa Branca e enviou um “conselho” às autoridades brasileiras. “Eu
estou dando mais um aviso, um conselho a vocês, de alguém que consegue se
encontrar com as autoridades daqui e conhece o clima de dentro, da fonte”,
disse.
“Porque o Itamaraty, quando tentou ir no State Department,
não foi na Casa Branca, a embaixadora [Maria Luiza Ribeiro] Viotti recebeu uma
porta na cara. Voltou correndo das férias e recebeu uma porta na cara. E a famosa
frase, né? ‘Too late’. Tarde demais. Vocês que estão com o poder da caneta no
Brasil, ajam antes que seja tarde demais. Não dêem trela para narrativa. Porque
depois, se esse cara aqui resolver de fato usar as armas que ele tem, que ele
nem começou a usar, aí que não haverá mais volta”, concluiu o deputado.