cnn -11/08/2025 08:53
O empresário Jason Miller, conselheiro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo (10) que “não vai parar” até que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “esteja livre”. A declaração ocorreu por meio de publicação nas redes sociais.
Miller vem fazendo publicações com críticas à condução do
ministro do STF ( Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes no processo em
que Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado.
“Para deixar claro: não vou parar, não vou desistir, não vou
ceder, até que o presidente Jair Bolsonaro esteja livre”, escreveu, após
compartilhar uma publicação que dizia: “É mais importante o impeachment de
Moraes do que libertar Bolsonaro”.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do
ex-presidente, comentou a postagem com bandeiras dos Estados Unidos e do
Brasil.
Miller atuou como conselheiro sênior nas campanhas de Trump
e mantém relação próxima com a família Bolsonaro, especialmente com Eduardo,
que está nos Estados Unidos desde o fim de fevereiro.
De lá, o deputado articula com congressistas americanos a
adoção de sanções contra Moraes e outros ministros do STF. No fim de julho,
Moraes foi incluído na lista de alvos da Lei Magnitsky pelo governo Trump.
A publicação se soma a outras em que Miller critica o
Supremo, Moraes e autoridades brasileiras, incluindo o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (PT). Em julho, ele provocou o ministro ao afirmar que Moraes
busca protagonismo nas decisões da Justiça contra Bolsonaro.
Antes disso, logo após o ministro autorizar mandados da
Polícia Federal contra o ex-presidente, Miller o acusou de adotar “táticas
ditatoriais” e pediu para que Bolsonaro “permanecesse forte”.
Embora não ocupe cargo no governo americano, Miller é
considerado um dos principais conselheiros de Trump e integrou as três
campanhas presidenciais do republicano desde 2016, além das equipes de
transição em 2016 e 2024.
Ele atua como consultor de Trump em assuntos políticos e
estratégias de comunicação. Também fundou a rede social Gettr, que passou a
acolher extremistas após bloqueios e suspensões de contas em plataformas como
Facebook e Twitter.
Em setembro de 2021, Miller foi recebido pela família
Bolsonaro no Palácio da Alvorada. Ao deixar o país, foi abordado pela Polícia
Federal no aeroporto de Brasília e prestou depoimento no inquérito do STF que
investiga a atuação das chamadas “milícias digitais”, sob relatoria de Moraes.