noticias ao minuto -19/10/2024 13:00
O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, se
tornou alvo de duas novas acusações de assédio sexual. As denúncias foram
feitas à Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP), que apura
os casos.
Almeida foi demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva em setembro, quando a ONG Mee Too disse ter recebido relatos de que ele
assediou mulheres durante o exercício do cargo. Entre as vítimas está a
ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco.
As novas denúncias foram reveladas pela Folha de
S.Paulo e confirmadas pelo Estadão, que procurou a Casa Civil, mas
não recebeu resposta até a publicação desta reportagem. O julgamento caberá às
conselheiras Caroline Proner e Vera Karam de Chueiri.
A pena cabível é a de censura ética, já que Almeida não
integra mais a administração pública federal. Esta sanção faz com que a conduta
inadequada do servidor fique registrada em consultas funcionais por três anos.
O ex-ministro já é alvo de um processo no âmbito da CEP,
aberto pelo governo após sua demissão. Anielle disse publicamente ter sofrido
importunação sexual e, à PF, relatou que as abordagens de Almeida chegaram à
forma de contato físico. Silvio Almeida tem negado as acusações e se diz vítima
de perseguição.
Ele foi anunciado ministro dos Direitos Humanos em dezembro
de 2022 e chegou chancelado por seu currículo acadêmico, atuação como advogado
e militância contra o racismo.