cnn -09/05/2025 19:21
Nos últimos 14 anos, a China investiu cerca de US$ 66 bilhões no Brasil, segundo dados do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), compilados pela embaixada chinesa.
De acordo com a representação diplomática, esse é o
maior volume de investimentos chineses no país da história.
O valor, concentrado em setores estratégicos como
energia, infraestrutura, agronegócio e tecnologia, mostra o peso do país
asiático na transformação da base produtiva brasileira e na geração de empregos
qualificados.
O setor de energia lidera os aportes, com US$ 32,5 bilhões
investidos entre 2007 e 2022. Empresas estatais como State Grid, China Three
Gorges (CTG).
E State Power Investment Corporation (SPIC) estão à frente
dos maiores projetos, incluindo o Linhão de Belo Monte, que fornece energia
renovável para mais de 60 milhões de brasileiros e gera cerca de 5 mil empregos
diretos.
Na infraestrutura, os investimentos somaram US$ 25
bilhões entre 2019 e 2024, de acordo com o Conselho Empresarial Brasil-China
(CEBC).
Os recursos têm sido decisivos para modernizar a logística e
reduzir gargalos, com destaque para o Porto de São Luís (MA) e a construção da
Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL).
Também há interesse chinês no projeto da Ferrogrão, que
ligará Mato Grosso ao Porto de Miritituba (PA).
Mais recentemente, os chineses passaram a mirar setores
ligados à transição energética.
A partir de 2025, as montadoras BYD e GWM iniciarão a
produção de veículos elétricos e híbridos no Brasil, nas cidades de Camaçari
(BA) e Iracemápolis (SP).
Além de estimular a mobilidade sustentável, os
projetos devem gerar milhares de empregos e fortalecer a indústria nacional.
No agronegócio, a cooperação avança em frentes como
biotecnologia, agricultura de precisão e uso de drones. Uma parceria entre a
ANAC e a autoridade de aviação chinesa, por exemplo, viabiliza o uso de drones
da DJI para pulverização agrícola no país.