noticias ao minuto -02/05/2025 09:30
China anunciou nesta sexta-feira (2) que está avaliando uma
proposta apresentada pelos Estados Unidos para iniciar as negociações sobre as
tarifas impostas pelos dois países aos seus produtos.
Desde que o Presidente norte-americano Donald Trump iniciou
a guerra comercial, no início de abril, os Estados Unidos impuseram tarifas de
145% sobre os produtos chineses, e o gigante asiático respondeu com taxas de até
125% sobre as importações norte-americanas.
"Os Estados Unidos tomaram recentemente a iniciativa,
em diversas ocasiões, de transmitir informações à China (...), afirmando que
[esperam] discutir com a China", disse o Ministério do Comércio chinês, em
Pequim.
Num comunicado, o ministério acrescentou que "a China
[está] atualmente a avaliar isso".
Há semanas que Trump vinha a insistir que os Estados Unidos
estavam em conversações diretas com a China para resolver a guerra tarifária e
disse até que falou com o líder chinês Xi Jinping sobre o assunto, algo que
Pequim negou completamente.
Esta foi a primeira vez que a China reconheceu publicamente
a existência de contatos com os Estados Unidos sobre as tarifas.
No entanto, Pequim avisou Washington que o país precisa de
"corrigir as suas más práticas" antes de poder iniciar negociações
sobre a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.
"Se os Estados Unidos quiserem conversar, devem mostrar
a sua sinceridade ao fazê-lo, estar dispostos a corrigir as suas práticas
erradas e cancelar tarifas unilaterais, e tomar medidas", afirmou o
Ministério do Comércio chinês.
"Espero que cheguemos a um acordo com a China. Estamos
conversando", disse Donald Trump, na quarta-feira, durante uma reunião com
o seu gabinete na Casa Branca para lembrar os primeiros 100 dias do segundo
mandato.
O republicano afirmou que a China está sendo "duramente
atingida" pelas tarifas impostas às importações chinesas, mas acrescentou
não querer que o gigante asiático sofra.
O líder norte-americano considerou que a China "está em
muito má forma neste momento", mas observou não querer "que isso
aconteça" ao país por "gostar muito do Presidente Xi Jinping".
"Fico muito triste, mas a China está sendo duramente
atingida", acrescentou Trump, que afirmou que os grandes navios de carga
com destino ao gigante asiático estão a dar meia volta para não descarregarem
ali.