metropoles -03/02/2025 23:50
Após visitar o Panamá, Marco
Rubio conseguiu uma nova vitória diplomática para o atual governo de
Donald Trump. Após se reunir com o secretário de Estado dos EUA no domingo
(2/2), o presidente panamenho, José
Raúl Mulino, anunciou que não renovará um acordo com a China sobre a nova rota da
seda.
Pressão contra o Panamá
Um dos primeiros alvos da diplomacia do Donald Trump,
que promete colocar os interesses dos EUA em primeiro lugar, foi o
Panamá.
No país está localizado o Canal do Panamá, um
importante local de fluxo do comércio internacional. Ele liga o oceano
Atlântico ao Pacífico.
Desde 1999, o local é controlado pelo governo do Panamá, após
acordo com o governo norte-americano, que também chegou a administrar o canal.
De acordo com o presidente do Panamá, o acordo do “Cinturão
e Rota” entre o país latino-americano e a China não será renovado em
seu mandato. O programa, uma das maiores apostas do governo de Xi Jinping, foi
lançado em 2013 e busca realizar investimentos em países ao redor do mundo com
o objetivo de aumentar a presença chinesa em mercados internacionais.
“Uma coisa importante, uma decisão que adotei e comunicarei:
o memorando de entendimento de 2017 sobre a iniciativa Rota da Seda não será
renovado pelo meu governo”, declarou Mulino após se reunir com Rubio.
A decisão do presidente panamenho surge após Trump
acusar a China de estar “operando” e obtendo vantagens no Canal do Panamá.
Prioridade para os EUA
Além do recuo do líder panamenho em relação à China, a
administração do Canal
do Panamá também emitiu um comunicado prometendo dar “prioridade do
trânsito” de navios norte-americanos pelo local.
“A Autoridade do Canal do Panamá informou ao secretário
Rubio sobre sua disposição de trabalhar com a Marinha do Panamá para otimizar a
prioridade do trânsito de seus navios pelo Canal do Panamá”, disse o órgão.
Depois da visita ao Panamá, Marco Rubio expressou “gratidão
pela discussão produtiva”, e falou no desejo de os EUA tonarem ambas as nações
“mais seguras, fortes e prósperas”, segundo comunicado divulgado pelo Departamento
de Estado do país.