metropoles -28/02/2025 08:33
A partir desta sexta-feira (28/2), o Banco Central (BC) libera
a função de pagamento do Pix por aproximação em todo o Brasil. Nessa
modalidade, o usuário é capaz de fazer transações sem acessar o aplicativo da
instituição financeira.
O Pix é o sistema de pagamentos contínuo e em tempo real
do BC, com vigência desde novembro de 2020.
Antes do lançamento oficial, a modalidade do Pix por
aproximação estava disponível desde 4 de novembro do ano passado, mas para
clientes de alguns bancos que aderiram à fase de testes.
Outras novidades do Pix em 2025
O Pix automático, ainda em desenvolvimento, está previsto
ser lançado em 16 de junho.
A partir do Pix automático, será possível otimizar as
cobranças de vários serviços, como a realização de transferências
instantâneas em pagamentos programados — similar ao que ocorre com o
débito automático.
Ele poderá ser usado para pagar contas de água e energia,
escolas, faculdades, academias, condomínios, clubes sociais, planos de saúde,
serviços de streamings, portais de notícias, clubes por assinatura e empresas
do setor financeiro.
No início de fevereiro, o BC lançou o chamado “Bolepix”,
recibo com a indicação de um QR Code para fazer o pagamento via Pix, sem
precisar ler o código de barras.
Detalhes do Pix por aproximação
Esta modalidade do Pix funciona de forma muito semelhante ao
uso do pagamento via cartão por aproximação. Para habilitar essa função, será
necessário integrar as chaves Pix nas chamadas “wallets” (carteiras digitais).
O cliente poderá escolher a instituição financeira ou banco,
cadastrar a conta na carteira digital e salvá-la para efetuar o pagamento
presencial com o Pix por aproximação.
Com esse cadastro, será possível fazer transações via Pix
aproximando o celular do terminal de pagamento (por exemplo, as famosas
“maquininhas”), usando o recurso de NFC dos telefones. Ou seja, só precisa
encostar o celular na máquina para pagar.
Crise do Pix
No início deste ano, o Pix virou alvo de polêmicas em razão
de um ato normativo da Receita
Federal sobre o monitoramento das movimentações. A norma vinha sendo
criticada pela oposição e causando muito desgaste ao governo Lula (PT),
que decidiu
revogá-la.
A normativa da Receita sobre o Pix passou a valer no início
de janeiro. Apesar de o governo alegar que o objetivo era coibir grandes
sonegadores, formou-se na opinião pública a noção de que as mudanças fechariam
o cerco sobre trabalhadores informais e a classe média, obrigando-os a pagar
Imposto de Renda (IR) sobre suas movimentações.
A crise acabou gerando apreensão em torno da utilização do
Pix. A autoridade
monetária disse que o uso não caiu em razão da desinformação. Para técnicos
do BC, os ruídos não devem prejudicar o Pix, que segue crescendo ano a ano em
cerca de 30%.