metropoles -03/12/2024 18:46
O presidente da Coreia do Sul, Yoon
Suk Yeol, prometeu revogar a lei marcial imposta por ele mesmo, após
pressão do Parlamento e de manifestantes. A decisão foi divulgada nesta
terça-feira (3/12), horas depois de o líder sul-coreano decretar a substituição
de leis
civis por militares naquele território.
As regras do país estabelecem que, para entrar em vigor, a
decisão passou primeiramente pelo gabinete do presidente, que aprovou o levantamento
do decreto em uma reunião realizada às 4h30 (horário local).
Mais cedo, o Parlamento do país derrubou, em votação
unânime, a decisão de Yoon Suk Yeol. Seguindo
as regras da constituição sul-coreana, 190 congressistas presentes, dos 300
membros da casa, foram favoráveis ao veto.
Suk Yeol decretou a lei marcial na Coreia do Sul na manhã
desta terça-feira, alegando que seu governo precisava “limpar elementos
pró-Coreia do Norte” do país.
Com a decisão, militares e autoridades policiais foram
enviados à Assembleia Nacional do país e chegaram a entrar em confronto com
manifestantes contrários ao decreto do presidente sul-coreano.
Segundo informações da mídia estatal da Coreia do Sul, as
autoridades ainda tentaram deter o líder da oposição, Lee Jae-Myung, e o
presidente da Assembleia Nacional, Woon-Won-sik. Até mesmo o líder do
Partido do Poder Popular, de Yoon Suk Yeol, também foi alvo de uma tentativa de
prisão por não concordar com a decisão do mandatário sul-coreano.
Militares e autoridades policiais, no entanto, deixaram
o edifício-sede do Poder Legislativo da Coreia do Sul após o
Parlamento vetar a decisão do presidente.