Wenina Miranda -23/09/2024 19:06
Não… Não vou falar de compra de votos, que é crime
eleitoral. Mas se você perguntar a um candidato quanto vale um voto, a
resposta é óbvia: vale muito, e todo voto é importante em uma eleição.
A eleição não acaba no dia 6 de outubro. O processo continua
e seu voto é a arma que o cidadão precisa saber usar. A política do “toma
lá dá cá” voltou com toda força e ainda faz vítimas em nosso Estado, com
acordos financiados com o dinheiro público e até entrega de materiais de
construção para os que precisam.
É importante ressaltar que a decisão do voto não deve
somente ser uma escolha em que o foco seja o bem individual, mas sim o bem
comum, o coletivo. E fazer esta análise depende de uma série de fatos, tendo
como base o passado, o presente, e a expectativa de um futuro. Por isso podemos
refletir que trocar o voto por um tipo de benefício individual, que se aplica
somente ao período eleitoral, vai colocar em jogo o benefício coletivo dos
próximos anos.
E se abrir a esse tipo de troca não determina o caráter só
dos que compram o voto, mas também de quem vende, que aí sim, se coloca como
ator principal de um teatro eleitoral, que inclusive, já tem sido exibido em
várias cenas destacadas nos status afora, durante este período.
Eleitores, vocês precisam lembrar que políticos não
tem medo da Justiça, nem dos processos, eles têm medo mesmo é de eleitor
consciente e participativo. Nesse período eleitoral, o que me preocupa
é justamente a falta de visão do povo mais carente, que segue alienado aos
aproveitadores.
Está na hora do povo acordar, parar e refletir que uma
caçamba de cascalho ou uma reforma em sua casa, não vale quatro anos de uso
indevido do dinheiro público e tantas outras mazelas.
Difícil entender que alguém possa trocar seu voto por tão
pouca coisa. Chega a ser desprezível pensar que o povo possa vender seu voto
por benefícios próprios, promessas que não foram cumpridas e que continuarão
fazendo parte apenas da cidade das propagandas.
Esse é um ano decisivo e é o seu voto que vai definir o
futuro do seu povo. Analise com cautela o comportamento dos candidatos e
escolha com sabedoria, tendo consciência de que no próximo ano, quando os
vencedores assumirem seus mandatos, nada mais poderá ser feito.
Não esqueçam que político não é autoridade. É um servidor
pago com o seu dinheiro. Faça-o trabalhar e justificar o que recebe.
Vale repensar, quem define a eleição? Os poderosos da elite
ou o povo mais carente, que compõe a maior parte da população?
Vote consciente! Não venda o seu voto! Denuncie à Justiça
Eleitoral qualquer tentativa de compra de votos.