agencia brasil -26/10/2024 09:31
Após dois meses no nível vermelho, a bandeira tarifária para novembro será amarela, com cobrança extra de R$ 1,885 na conta de luz para cada 100 quilowatts-hora (kWh) de energia elétrica consumidos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reduziu a bandeira tarifária.
Em outubro, a bandeira estava no nível vermelho patamar 2, a
mais cara de todas, com a cobrança de R$ 7,877 por 100 kWh. Desde agosto de
2021 que a tarifa mais alta não era acionada.
Segundo a Aneel, um dos fatores que determinaram a redução
da bandeira tarifária para amarela foi a melhoria nas condições de geração de
energia no país. A agência reguladora, no entanto, informou que a previsão de
chuvas e de vazões nas regiões das hidrelétricas continua abaixo da média, o
que justifica o acionamento da bandeira tarifária para cobrir os custos da
geração termelétrica para atender às necessidades dos consumidores.
Uma sequência de bandeiras verdes, sem a cobrança de tarifas
extras, foi iniciada em abril de 2022. A série foi interrompida em julho deste
ano, com a bandeira amarela, seguida da bandeira verde em agosto, e da vermelha
patamar 1, em setembro. Com as ondas de calor e as fortes secas no início do
segundo semestre, a Aneel acionou a bandeira vermelha patamar 2 em outubro.
Bandeiras tarifárias
Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da
geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto
está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada
nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.
Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não
há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a
conta sofre acréscimos de R$ 1,885 (bandeira amarela), R$ 4,463 (bandeira
vermelha patamar 1) e R$ 7,877 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100
quilowatts-hora (kWh) consumidos. De setembro de 2021 a 15 de abril de 2022,
vigorou uma bandeira de escassez hídrica de R$ 14,20 extras a cada 100 kWh.
O SIN é dividido em quatro subsistemas:
Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. Praticamente todo o país é coberto
pelo SIN, à exceção de algumas partes de estados da Região Norte e de Mato
Grosso, além de todo o estado de Roraima. Atualmente, há 212 localidades
isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga
total do país. A demanda por energia nessas regiões é suprida, principalmente,
por térmicas a óleo diesel.
Segundo a Aneel, as bandeiras permitem ao consumidor um
papel mais ativo na definição de sua conta de energia. “Ao saber, por exemplo,
que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar
a reduzir o valor da conta", avalia a agência.