imprensa andradina -03/10/2023 16:05
A Unidade de Controle de Endemias realizou uma palestra
sobre combate a escorpiões na EMEF “Leonor Salomão” no Bairro Benfica. Centenas
de alunos puderam receberam orientações sobre os cuidados para se evitar
acidentes com os animais e também coo evitar a presença e proliferação dos
escorpiões em suas residências.
No dia 5, quinta-feira, será a vez das Emeis “Maria
Elizabeth Venturoli Pinese” e ”Fernanda Lustosa da Silva” a receber a visita
dos agentes. No dia 6 é a vez da EMEF “Anna Maria Marinho Nunes” e da EMEI
“Eulália Mattos de Oliveira”.
ENTENDA
Os escorpiões estão cada vez mais próximos dos seres humanos
e é nos períodos mais quentes que eles mais aparecem, e que os acidentes
aumentam. Geralmente os escorpiões são encontrados em cemitérios, terrenos
baldios, em meio a materiais de construção e entulhos, podendo aparecer dentro
das residências tanto em bairros nobres como em periferias - sendo que nestas o
número de acidentes costuma ser ainda maior devido a deficiência no saneamento
básico.
Uma das causas que aproxima os escorpiões da cidade é o fato
de as áreas urbanas abrigarem muitas baratas, que são o alimento preferido
desses aracnídeos. Por isso a importância de manter quintais, jardins e demais
terrenos limpos e, se possível, sem entulhos. Recomenda-se o fechamento correto
dos sacos de lixo, instalação de telas tanto nos ralos de casa como nas janelas
e inclusão de sacos de areia nas frestas das portas.
De hábitos noturnos, os escorpiões ficam escondidos durante
o dia, e de noite saem para se alimentar. É comum surgirem pela rede de esgoto
e, por esse motivo, é bom evitar condições de umidade, como toalha pendurada ou
roupa molhada no chão e também tapetes, que servem de abrigo. É importante
também chacoalhar roupas e sapatos e, antes de colocar a mão em lugares
escuros, olhar bem.
Proliferação
O aumento da incidência de escorpiões nas cidades se dá por
vários fatores. Um deles fica por conta do aquecimento global: altas
temperaturas colaboram na proliferação, já que esses animais gostam de climas
mais quentes.
Tanto é que a distribuição das 30 espécies mais perigosas do
mundo está concentrada nas regiões tropicais e subtropicais.
Controle dos escorpiões
Segundo o Manual de Controle de Escorpiões, elaborado pelo
Ministério da Saúde, a erradicação dessas espécies não é possível e nem viável;
o que precisa ser feito é um controle em cima dessa população. Em São Paulo,
por exemplo, órgãos competentes têm articulado programas de controle juntamente
com as Prefeituras.
As iniciativas consistem em intervenção nas áreas de risco,
em que a gerência do Serviço de Saúde do município – que controla os acidentes
– planeja as ações com base na avaliação da situação de ocorrência de
escorpiões. Buscas ativas são realizadas dentro e fora das casas, visando a
captura dos escorpiões, conhecimento e melhorias dos ambientes que são
favoráveis à ocorrência e proliferação e, principalmente, a conscientização dos
moradores.
Sobre a utilização de produtos químicos no controle de
escorpiões, as recomendações dadas pelo Ministério da Saúde é que o uso produto
químico no controle de escorpião não é aconselhável. Porque são animais
bastante evoluídos, têm resistência muito grande e vários órgãos sensoriais que
ajudam eles a se desenvolver. Os produtos químicos passam uma falsa sensação de
segurança. É preciso um trabalho minucioso de controle ambiental, e não
utilizar inseticida, pois eles não são insetos.