metropoles -26/05/2024 10:45
Uma pesquisa Quaest divulgada neste domingo (26/5) apontou
que 72% dos deputados defendem limitar as decisões monocráticas de ministros
do STF. A Câmara analisa uma
proposta de emenda à Constituição (PEC) com esse objetivo, depois da aprovação
no Senado no ano passado.
Além dos 72% que concordam com a limitação de decisões
individuais do STF, 15% discordam da restrição, 7% não concordam nem discordam,
e 6% não souberam ou não responderam. O levantamento também separou os
deputados por grupos: governo, independente e oposição. A reação ao STF é
maioria até entre os governistas.
No bloco do governo, 56% concordam com a limitação dessas
decisões, ante 29% que discordam, 12% que não concordam ou discordam, e 3% que
não souberam ou não responderam. Entre os deputados de oposição ao governo
Lula, a iniciativa é apoiada por 85%. Apenas 3% discordam, e outros 12% não
souberam ou não responderam.
O Senado aprovou em novembro do ano passado uma PEC que
limita decisões monocráticas de ministros do Supremo, por 52 votos a 18. Esse
tipo de decisão é assinado por um ministro do STF e tem poder para suspender
leis aprovadas pelo Congresso ou decretos publicados pelo Poder Executivo.
Agora, o texto está sendo analisado pela Câmara. Se for endossado pela Casa,
vai ao Planalto para sanção.
De modo geral, o trabalho do STF tem avaliação
majoritariamente contrária na Câmara. Para 40% dos deputados, a avaliação é
negativa. Para 34%, é positiva. Outros 21% consideram o trabalho regular, e 5%
não souberam ou não responderam. Entre os deputados governistas, 69% consideram
o trabalho positivo. Na oposição, o cenário é bem diferente: 74% da avaliação é
negativa.
Encomendada pela Genial Investimentos, a pesquisa da Quaest
fez entrevistas presenciais com 183 deputados, entre 29 de abril e 20 de maio.
A margem de erro é de 4,8 pontos percentuais.