imprensa andradina -13/09/2023 14:37
A campanha Setembro Amarelo, que trata da prevenção ao
suicídio, é momento para levantar discussões sobre o tema. Na última
segunda-feira (12) aconteceu na Câmara Municipal de Andradina o ‘2º Fórum de
Valorização pela Vida”, organizado pela Secretaria Municipal de Saúde.
O Fórum de Valorização da Vida é um espaço de debate e
reflexão sobre a saúde mental em suas mais diversas formas. O evento busca o
conhecimento sobre o tema, proporcionando uma reflexão sobre a saúde mental,
além de estimular práticas de autocuidado e do cuidado do outro.
Com programação especial contou com as palestras “Suicídio”,
pelo Delegado de Polícia, Dr Marcelo Zompero e, “Todos Pela Vida”, por
voluntários do Centro de Valorização da Vida (CVV) de Andradina.
O evento reuniu grande público, entre eles profissionais das
áreas da Saúde, Educação, Atenção Primária à Saúde, CAPS, Ação Social, além de
estudantes de psicologia, enfermagem, representantes de vários segmentos e
convidados.
“O assunto é preocupante e precisa ser debatido para que a
sociedade compreenda o que leva ao suicídio, e, a partir disto, evitar que
tantos casos ocorram”, explicou a educadora de saúde, Eloá Pessoa.
Salvando Vidas
O dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao
Suicídio, mas a iniciativa acontece durante todo o mês. Atualmente, o Setembro
Amarelo® é a maior campanha anti estigma do mundo! Em 2023, o lema é “Se
precisar, peça ajuda!” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas.
O suicídio é uma triste realidade que atinge o mundo todo e
gera grandes prejuízos à sociedade. De acordo com a última pesquisa realizada
pela Organização Mundial da Saúde - OMS em 2019, são registrados mais de 700
mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, pois
com isso, estima-se mais de 01 milhão de casos. No Brasil, os registros se
aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem
suicídio por dia.
Embora os números estejam diminuindo em todo o mundo, os
países das Américas vão na contramão dessa tendência, com índices que não param
de aumentar, segundo a OMS. Sabe-se que praticamente 100% de todos os casos de
suicídio estavam relacionados às doenças mentais, principalmente não
diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa forma, a maioria dos casos
poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento
psiquiátrico e informações de qualidade.
Dados sobre suicídio
O suicídio é um importante problema de saúde pública, com
impactos na sociedade como um todo. Segundo dados da Organização Mundial de
Saúde - OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do
que HIV, malária ou câncer de mama - ou guerras e homicídios.
Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta
causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência
interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de
diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.
Segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde divulgado
pelo Ministério da Saúde em setembro de 2022, entre 2016 e 2021 houve um
aumento de 49,3% nas taxas de mortalidade de adolescentes de 15 a 19 anos,
chegando a 6,6 por 100 mil, e de 45% entre adolescentes de 10 a 14 anos,
chegando a 1,33 por 100 mil.
As taxas variam entre
países, regiões e entre homens e mulheres. No Brasil, 12,6% por cada 100 mil
homens em comparação com 5,4% por cada 100 mil mulheres, morrem devido ao
suicídio. As taxas entre os homens são geralmente mais altas em países de alta
renda (16,6% por 100 mil). Para as mulheres, as taxas de suicídio mais altas
são encontradas em países de baixa-média renda (7,1% por 100 mil).