Violência no Equador: novo tiroteio deixa ao menos oito mortos em Guayaquil

cnn -01/04/2024 07:24

Pelo menos oito pessoas morreram e outras oito ficaram feridas depois que criminosos dispararam contra um grupo de pessoas na zona do Guasmo Sul, na cidade de Guayaquil, uma das mais atingidas pela violência no Equador. A informação foi divulgada pela Polícia Nacional do país no sábado (30).

Duas pessoas morreram instantaneamente após os tiros. As outras seis foram levadas ao hospital local, mas não resistiram aos ferimentos, segundo as autoridades.

Unidades especializadas estão investigam o caso para esclarecer os fatos.

A morte destas oito pessoas junta-se a outro acontecimento violento ocorrido na sexta-feira (29), no que foi um sangrento feriado de Páscoa.

A Polícia informou na sexta-feira que cinco pessoas morreram após um suposto sequestro ocorrido na província de Manabí, na costa equatoriana.

O caso aconteceu em Puerto López depois que um grupo entrou em uma infraestrutura onde levou 11 pessoas a força até a via Ayampe – Santa Elena.

A polícia encontrou cinco dessas pessoas sem sinais vitais e com ferimentos à bala, enquanto as outras seis, entre elas cinco menores de idade, estão a salvo, informou a instituição.

A polícia confirmou a prisão de duas pessoas no sábado, que qualificou como “terroristas” e que estariam ligadas à matança.

“O narcoterrorismo está buscando espaços”

O presidente equatoriano Daniel Noboa condenou os atos violentos ocorridos em Manabí e Santa Elena e garantiu que “qualquer ataque contra um equatoriano é um ataque ao Equador”. O governante disse que os grupos criminosos querem retomar espaços que buscam ser controlados pela força pública.

“Esta é uma mostra de que o narcoterrorismo e seus aliados estão buscando espaços para nos amedrontar, mas não conseguirão. Minha solidariedade com as famílias que foram vítimas da violência dos terroristas que pretendem acabar com nosso país”, disse Noboa.

Estes crimes ocorrem em meio ao conflito interno armado no Equador e a poucos dias do final dos três meses do estado de exceção decretado por Noboa em janeiro.