Preso em Andradina membro de quadrilha que vendida vagas em cursos de Medicina

hoje mais -16/04/2019 00:01

A Operação Asclépio foi deflagrada na última sexta-feira (12) pela Polícia Civil em conjunto com o Ministério Público desbaratinando o esquema das vagas nos vestibulares da Fundação Educacional do Município de Assis (FEMA). Foram 17 prisões ocorridas em Andradina, Fernandópolis, São Paulo e Presidente Prudente, com 55 mandados de busca e apreensão cumpridos. Foram encontrados computadores, dinheiro, cheques além de carros de luxo.

Os homens presos estão a disposição da Justiça na cadeia de Lutécia e as mulheres, para a cadeia de Dracena. Eles irão responder por formação de quadrilha, estelionato e falsificação de documento público.

As investigações começaram em 2017 quando diretores da FEMA desconfiaram de cinco alunos matriculados na instituição. No ato da matricula a biometria não bateu com a utilizada no dia do vestibular. O esquema utilizava “clones”, pessoas que faziam as provas no lugar dos candidatos. Eles tinham informações privilegiadas. A matricula não pode ser impedida mas os alunos foram expulsos em 2018.

As investigações apontaram para Adeli de Oliveira, de Murutinga do Sul e atuando em Prudente, como o mentor do esquema que vendia vagas e transferiam alunos para outras faculdades. Os alunos participantes do esquema, passavam um período aproximado de seis meses na Fema e depois tentavam transferência para outras faculdades, muitas vezes mais próximas de casa ou onde não haviam conseguido passar no vestibular anteriormente. O valor das vagas seriam de R$ 80 mil a R$ 120 mil.

ATUAÇÃO

Um grupo comandando por Adeli e composto por familiares coordenava as ações de um grupo secundários de “vendedores de vagas”. Um terceiro grupo, formado por pessoas ligadas à Universidade Brasil, que possui faculdade de medicina em Fernandópolis e uma unidade em Andradina também fazia parte da “inteligência” do esquema.

Após as prisões A FEMA declarou que “todo o processo do vestibular para o curso de medicina da instituição é organizado e aplicado por funcionários da Fundação Vunesp” e ter encontrado inconsistências no reconhecimento de candidatos no exame de 2017.

A Universidade Brasil também se manifestou como “vítima do esquema de fraudes envolvendo vagas de medicina em faculdades privadas no interior de São Paulo” e se pôs a disposição das autoridades para investigações.