Da Redação -20/04/2019 00:50
Wilson
Manoel da Silva, 39, morador na rua Minas Gerais, em Andradina, funcionário de
uma usina de etanol, foi morto após ser atropelado por duas vezes por um
veículo pelo próprio amigo, o pedreiro José Luzimar dos Santos, o Baiano, do
bairro Santa Cecília, que celebrava 42 anos nesta quinta-feira 19.
A
tragédia ocorreu após às 18h, no cruzamento das ruas Espírito Santo com Minas Gerais,
após uma série de detalhes ocorridos na casa da vítima e num bar na rua Paraíba
– Benfica, onde ambos tomaram cerveja juntos.
A
reportagem do Impacto apurou duas versões para o crime. A primeira de que os amigos
e a esposa de Baiano, a diarista Ana Paula, junto com o filho de 5 anos, foram
ao bar comemorar o aniversário do pedreiro.
O
trio consumiu cerveja e de volta à residência Wilson teria assediado Ana Paula.
O pedreiro pegou um facão no interior do Corsa, mas acabou se lesionando
enquanto o amigo fugia correndo. Mas foi atropelado na rua Espírito Santo e
arrastado sob o veículo por duas vezes.
Com
traumatismo no tórax e a maior parte do corpo em carne viva, Wilson foi
socorrido pelos bombeiros à UPA, mas apesar dos procedimentos dos militares ele
acabou morrendo.
Enquanto
isso Baiano fugia, deixando para trás a esposa e o filho dela de 5 anos junto ao
Corsa com um pneu estourado. O pedreiro também danificou um carro no trajeto.
DEPOIMENTO DA ESPOSA
Em
entrevista exclusiva ao Impacto Online, Ana Paula alegou que o casal foi à residência
de Wilson por volta de 13h, “ver um serviço”, e levaram duas latas de cerveja. A
família estava almoçando. Os amigos foram a um bar e retornaram 90 minutos
depois com mais seis garrafas de bebida.
“A
mulher de Wilson viu o filho usando droga, discutiu com ele e achou que Baiano
havia trazido o entorpecente, o repreendeu e pediu que se retirasse de sua casa.
Na verdade, foi um rapaz de Biz quem levou a droga e a mulher novamente brigou
com Wilson a quem acusou de estar protegendo o filho”, narrou Ana Paula.
DISCUSSÕES E BEBEDEIRA
Após
o entrevero com a esposa Wilson saiu de carro e posteriormente foi encontrado pelo
casal no bar da rua Paraíba. Lá beberam mais cerveja e após algum tempo
retornaram para casa de Wilson, onde ele e a esposa recomeçaram a discussão, segundo
Ana Paula.
Em
seguida e já aparentemente sob efeito de álcool, segundo a declarante, Wilson
começou a quebrar algo dentro da casa, Baiano chamou sua atenção e avisou que
iria embora. Achando que estava contra ele e a favor de sua esposa, Wilson o segurou
no pescoço já dentro do Corsa dizendo que iria matá-lo.
“Meu
marido pegou um facão com o objetivo de se defender e atingir Wilson, mas não
sei se conseguiu, porém, estava sangrando. Na sequência vi Wilson caindo na
frente do carro e por duas vezes Baiano passou sobre ele”, relatou Ana Paula.
Essa
foi a versão que ela teria dado ao delegado no Plantão Policial, onde ficou
sabendo da morte do funcionário da usina e chorou. A preocupação dela agora é
com a possibilidade de represália por familiares da vítima. O filho dela está sob cuidados da avó materna.