metropoles -04/09/2024 14:40
Um hospital do estado do Oregon, nos Estados Unidos, foi
processado depois que uma enfermeira foi acusada de substituir fentanil,
utilizado como medicação para a dor, por água da torneira não esterilizada em
medicações via soro intravenoso. Advogados que representam pacientes vivos e
falecidos entraram com uma ação judicial de US$ 303 milhões (cerca de US$ 1,7
bi) contra a unidade na terça-feira (3/9). As infromações são do jornal
britânico The Guardian.
Entre os 18 autores do processo, nove são pacientes e os
outros nove são espólios de pacientes que morreram. De acordo com a denúncia, o
hospital começou a informá-los, em dezembro, que um funcionário havia
substituído fentanil por água da torneira, causando infecções bacterianas.
“Todos os pacientes demandantes foram infectados com uma bactéria
exclusivamente associada à transmissão pela água”, diz a queixa.
As investigações começaram no final de 2023, depois que
funcionários do hospital notaram um aumento preocupante nas infecções de
cateter central de julho de 2022 a julho de 2023 e disseram à polícia que
acreditavam que um funcionário estava desviando fentanil.
O centro médico Asante Rogue Regional, em Medford, é acusado
de homicídio culposo e negligência médica. Segundo os representantes das
vítimas, o hospital falhou em monitorar os procedimentos de administração de
medicamentos e evitar o roubo e desvio do remédio.
Enfermeira presa
Dani Marie Schofield, uma ex-enfermeira do hospital, foi
presa em junho deste ano, após 44 acusações de agressão de segundo grau. As
denúncias ocoreram após uma investigação policial sobre o roubo e uso indevido
de substâncias controladas, que resultaram em infecções de pacientes. Na época,
ela se declarou inocente.
A enfermeira não foi nomeada na queixa apresentada na
terça-feira (3/9). Um processo separado foi aberto contra Schofield e o
hospital no início deste ano, em nome do espólio de um homem de 65 anos que
morreu.