metropoles -12/07/2024 13:11
A Polícia Civil solicitou mais 90 dias para investigar o
pré-candidato à Prefeitura
de São Paulo, Pablo
Marçal (PRTB), por tentativa de homicídio privilegiado. O inquérito
policial apura a responsabilidade de Marçal por liderar um grupo de 32 pessoas
em uma escalada, sem
equipamentos e durante um vendaval, do Pico dos Marins em janeiro de 2022.
O caso está sendo investigado desde 2022 pela Polícia Civil de
Piquete, cidade do interior de São Paulo onde fica o Pico dos Marins. O pedido
de ampliação de prazo foi feito, nessa quinta-feira (11/7), pelo Delegado de
Polícia, Adilson Antônio dos Santos, sob a justificativa que ainda faltam
diligências para a sua conclusão.
Caso seja acatado o pedido, o resultado das investigações
deverá sair às vésperas do primeiro turno das eleições municipais de 2024, que
ocorrem no dia 6 de outubro.
Na ocasião da escalada, diversas pessoas do grupo liderado
por Marçal passaram mal e a excursão precisou ser resgatada pelo Corpo de Bombeiros.
O pré-candidato, que à época era coach e cobrava
R$ 3 mil pelo treinamento na montanha, nega
sua responsabilidade.
Ele passou a ser investigado por tentativa de homicídio
privilegiado, quando a prática do ato é atenuada por ter sido cometido sob
fortes emoções. Em dezembro de 2022, um primeiro inquérito policial sobre o
caso não conseguiu averiguar a responsabilidade de Marçal na ocorrência, mas
seu resultado foi questionado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), por
ter sido, segundo a decisão, uma investigação prematura e ineficaz.
Desde o caso da escalada escalada do Pico dos Marins, Marçal
está proibido judicialmente de realizar qualquer atividade em montanhas, picos,
rios, lagos, mares, ou em locais correlatos que envolva a si ou outras pessoas
sem autorização da Polícia Militar.
Em maio deste ano o pré-candidato organizou um reality
show que
terminou com um dos participantes procurando a polícia para denunciar uma série
de maus-tratos. Marçal também foi acusado de violar a decisão que proíbe
seu envolvimento em atividades ao ar livre, o que levou a juíza da Comarca de
Piquete, Rafaela D’Assumpção Cardoso Glioche, a solicitar
uma cópia de um boletim de ocorrência do caso do reality show.
O Metrópoles procurou a assessoria de impressa do
pré-candidato que não se pronunciou até a publicação desta matéria. O espaço
permanece aberto.