metropoles -15/04/2024 23:38
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) relata
conflito durante ocupações de terras em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e no
Distrito Federal. O grupo iniciou a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da
Reforma Agrária nesta segunda-feira (15/4) e seguirá até sexta-feira (19/4).
Em São Paulo, a invasão de terra foi reprimida pela Polícia
Militar nos municípios de Campinas e Agudos. As famílias tentaram negociação
para manter acampamento em áreas ocupadas.
O assentamento Josué de Castro, em Campos dos Goytacazes, no
Rio de Janeiro, foi cercado por policiais militares, com uso de drones e
bloqueadores de sinal. O local foi criado pelo Instituto Nacional
de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em 2007.
A coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, mostrou que o ministro do
Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, espera que as novas invasões do MST
sejam desmobilizadas rapidamente.
Líderes do MST afirmam que a retomada das invasões acontece
para pressionar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) pela reforma
agrária. “Vem de encontro às duas grandes prioridades do Governo Lula e ao
cumprimento da função social da terra, que são o enfrentamento à fome e os
cuidados com o meio ambiente”, destaca Ceres Hadich, da coordenação nacional do movimento.
“Essas demandas são direitos básicos que toca ao Estado
resolver. É imprescindível também que a Companhia Nacional de Abastecimento, a
Conab, seja fortalecida e protagonista da retomada de políticas de
abastecimento, formação de estoques e regulação de preços e que tenha seu
orçamento recomposto para que todo o povo brasileiro tenha acesso ao alimento,
com preço justo e de qualidade”, pontua Hadich.
A Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária
realizou, até o momento, a ocupação de 24 terras em 11 estados. Foram
mobilizadas mais de 20 mil famílias.