metropoles -30/11/2024 16:11
Uma bagagem com 386 tartaruguinhas de casco mole chinesas foi interceptada pelo sistema de Vigilância Agropecuária (Vigiagro) do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, na última quarta-feira (27/11).
De acordo com o Vigiagro, boa parte delas já estava morta,
enquanto algumas ainda estavam agonizantes devido ao transporte em condições
indevidas. Auditores fiscais federais agropecuários localizaram os animais ao
perceberem uma bagagem relativamente molhada.
A equipe do Vigiagro que localizou as tartarugas imaginou
que a carga fosse de caranguejos ou peixe fresco. Ao abrir a bagagem, no
entanto, foi surpreendida com a grande quantidade de répteis, todos filhotes. A
suspeita é que eles seriam utilizados como matéria-prima para diversos produtos
pela medicina tradicional chinesa.
“Achávamos que a carga fosse de caranguejos ou peixe fresco,
produtos utilizados para consumo, mas com a abertura dos sacos constatei que
eram tartarugas filhotes ainda. Em seguida acionei o Ibama”, disse a auditora
agropecuária Virgínia Jansen. “A maioria dos animais já havia evoluído a óbito,
enquanto os poucos sobreviventes apresentavam sinais clínicos evidentes de
hipóxia e se encontravam em estado moribundo”, completou.
Durante milhares de anos, as tartarugas têm sido utilizadas
nessa modalidade de medicina para tratar uma grande variedade de doenças e
enfermidades. Ultimamente, com a economia do país em crescimento, aumenta a
preocupação com a extinção de tartarugas no país asiático.
Por questões sanitárias, o Ministério da Agricultura e
Pecuária (Mapa)
proíbe animais silvestres de ingressar no Brasil sem as devidas autorizações e
certificações zoossanitárias.
Para ingressar legalmente no Brasil, espécies exóticas
precisam de autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Como
não havia documentação, os animais foram apreendidos e uma multa de R$ 72 mil
foi aplicada pelo órgão.
Já a pessoa responsável pelo transporte das tartaruguinhas
chinesas foi liberada.