metropoles -08/12/2024 23:22
O chefe do Estado-Maior Geral de Israel, Herzi Halevi, sinalizou que o país liderado por Benjamin Netanyahu deve agir na Síria após a queda de Bashar al-Assad. A declaração do líder militar aconteceu neste domingo (8/12).
Mais cedo, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já
havia anunciado o envio de tropas para uma zona desmilitarizada nas Colinas de
Golã, localizada no território sírio e parcialmente ocupada por Israel desde a
década de 60. De acordo com o premiê, a medida visa garantir a segurança de
israelenses que vivem na região.
Falando com recrutas que atuam na região, Halevi afirmou que
Israel está atuando agora em “quatro frontes de batalha” no Oriente Médio desde
a última noite, quando tropas foram enviadas ao território da Síria. As outras
três são a Cisjordânia, Faixa
de Gaza e Líbano.
“Desde ontem à noite, estamos em combate em quatro frentes.
As tropas terrestres estão empenhadas em combate em quatro frentes: contra o
terrorismo na Judéia e Samaria, em Gaza, em Líbano, e ontem à noite enviamos
tropas para território sírio. Temos excelentes tropas terrestres trabalhando
juntas, infantaria, blindados, engenharia e artilharia, e elas estão cooperando
com outros ramos das FDI: aéreo, marítimo e de inteligência”, declarou Halevi.
“Em apenas um momento, essa responsabilidade se tornará sua. Vocês estão
prestes a vestir seus uniformes e assumir o bastão com tremenda
responsabilidade”.
Nas primeiras horas deste domingo, uma base aérea na capital
síria, Damasco, foi alvo de bombardeios. A suspeita é de que Israel esteja por
trás da ação.
O colapso de Assad na Síria foi visto por Netanyahu como uma
vitória para Israel, que nos últimos meses atuou diretamente contra dois
aliados do antigo presidente sírio: Hezbollah
e Irã.
“Este colapso é o resultado direto da nossa ação enérgica
contra o Hezbollah e o Irã, principais apoiantes de Assad. Isso desencadeou uma
reação em cadeia de todos aqueles que querem ser libertados deste regime
opressivo e tirânico”, disse Netanyahu em um comunicado divulgado pela manhã.
Derrubada em menos de 15 dias
Com seus principais aliados envolvidos em outros conflitos,
como a Rússia na Ucrânia, ou enfraquecidos, tal qual o Hezbollah no Líbano,
Assad caiu após uma ofensiva de rebeldes que durou apenas doze dias.
Em 27 de novembro, o Hayat
Tahrir Al-Sham (HTS) avançou contra posições antes controladas por
forças ligadas ao ex-presidente ao lado de outras organizações jihadistas.
Sem encontrar muita resistência, os insurgentes passaram a
controlar diversas áreas do país, e iniciaram uma marcha a caminha da capital
Damasco, que caiu nas mãos da oposição em questão de horas.
Após a queda de seu regime, Assad
renunciou ao cargo de presidente e saiu da Síria. O seu paradeiro, no
entanto, ainda é incerto.