metropoles -28/10/2023 13:48
Jatos de Israel atacaram o norte da Faixa de
Gaza, na noite de sexta-feira (27/10, horário local) e atingiram mais de
150 alvos subterrâneos, principalmente túneis e bunkers, do grupo
extremista Hamas. Militares afirmaram também que tanques e outras
forças continuaram com incursões terrestres limitadas pelo terceiro dia seguido.
Explosões iluminaram o céu da Cidade de Gaza durante horas.
Como resultado, segundo militares, “vários terroristas do Hamas foram mortos”.
Entre eles, dizem israelenses, está o chefe do sistema aéreo
do Hamas, Issam Abu Rukbeh. As Forças de Defesa de Israel (FDI) e o serviço
secreto Shin Bet afirmaram que Abu Rukbeh era responsável pelo gerenciamento
dos drones, veículos aéreos não tripulados, parapentes, sistemas de detecção
aérea e defesas aéreas.
Há informações de que ele foi um dos responsáveis por
planejar e executar os ataques de 7 de outubro pelo Hamas. Naquele dia,
terroristas entraram no sul de Israel em parapentes, e também usaram drones,
matando milhares de civis.
Outra vítima teria sido o comandante das forças navais do
Hamas na Cidade de Gaza, Rateb Abu Sahiban. Ele seria o chefe de uma tentativa
de infiltração do Hamas por mar em 24 de outubro.
Os israelenses afirmaram que não houve vítimas nas suas
fileiras.
Relatos do outro lado após ataques de Israel
Informações sobre a situação em Gaza, faixa de terra
costeira com 2,3 milhões e governada pelo Hamas, eram poucas, principalmente
porque falta internet e serviços móveis. Mas imagens feitas a partir das
fronteiras do território mostram os ataque aéreos noturnos. Alguns relatórios
vindos de autoridades e jornalistas palestinos falam em “situação caótica”.
O próprio braço militar do Hamas confirmou que havia
combates contras as Forças de Defesa de Israel na noite de sexta, mas sem
especificar o local. Entretanto, há relatos vindos das cidades de Beit Lahia,
Beit Hanoun e Burej.
O extenso sistema de túneis do Hamas em Gaza sempre foi um
dos alvos prioritários. É por eles que os extremistas se deslocam escondidos. A
refém libertada Yocheved Lifshitz, 85 anos, afirmou que outros prisioneiros e
ela andaram por esses túneis durante o cativeiro.