metropoles -20/06/2025 00:51
O Kataib Hezbollah, milícia xiita que faz parte das Forças
de Mobilização Popular do Iraque (PMF), disse que bases dos Estados
Unidos no Oriente Médio podem ser atacadas, caso o país entre
no conflito entre Israel e Irã. A ameaça foi divulgada nesta
quinta-feira (19/6) pelo líder de segurança do grupo, Abu Ali al-Askari.
“Reafirmamos, com ainda mais clareza, que, caso os Estados
Unidos entrem nesta guerra, o desequilibrado Trump perderá todos os trilhões
que sonha em angariar nesta região”, afirmou al-Askari. “Sem dúvida, as bases
americanas espalhadas pela região tornar-se-ão semelhantes a campos de caça a
patos”.
Além disso, o líder do grupo iraquiano — que possui ligações
com o Hezbollah libanês — ameaçou fechar importantes rotas de navegação no
Oriente Médio. Entre eles, o Estreito de Ormuz, entre os golfos Pérsico e de
Omã, e a hidrovia de Bab-el-Mandeb, no Mar Vermelho.
Ofensiva israelense contra o Irã
Depois de diversas ameaças, Israel lançou na semana passada
o que chamou de “ataque preventivo” contra o Irã. O
foco da operação foi o programa nuclear iraniano.
O principal objetivo da ação, segundo o governo
israelense, é impedir que o Irã consiga construir uma arma nuclear.
Como resposta à operação israelense, o Irã lançou um exército de drones e mísseis
contra o território de Israel.
Em pronunciamento no sábado (14/6), o premiê Benjamin
Netanyahu afirmou que a ofensiva deve continuar. Ele prometeu ataques contra todas as bases iranianas.
Até o momento, relatos indicam que parte do programa nuclear
já foi afetada pelos ataques. Danos maiores, no entanto, dependem de bombas – ou da
participação direta – dos EUA, o que tem sido solicitado pelo governo de
Israel.
APOIO DECLARADO
Mais cedo, o Hezbollah no Líbano declarou apoio ao
Irã na guerra contra Israel. Ambos os grupos são supostamente apoiados pelo
regime iraniano.
Até o momento, os planos de Donald Trump para o conflito, que se
arrasta por sete dias, ainda não são claros. O presidente norte-americano, contudo, já disse que
não busca mais um cessar-fogo para a guerra, mas sim uma “vitória completa”
contra o Irã.