cnn -05/10/2024 21:17
O Hezbollah disparou 130 projéteis do Líbano para o
território israelense neste sábado (5), segundo as Forças de Defesa de Israel.
O Exército israelense também disse que atacou um centro de
comando e controle do Hamas na tarde de sábado, no norte da Faixa de Gaza.
A Força Aérea de Israel trabalhou com o serviço de
inteligência para localizar e destruir o centro, que eles dizem estar dentro de
um edifício que anteriormente serviu como um centro para a agência da ONU para
refugiados (UNRWA).
A Força de Defesa disse que usou “munições precisas,
vigilância aérea e informações adicionais de inteligência” para evitar vítimas
civis.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
O ataque com mísseis do Irã a Israel no dia 1º marcou
uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra
está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Do outro, o Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e
militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República
Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; o Hezbollah,
no Líbano; o governo Sírio e as milícias que atuam no país;
os Houthis, no Iêmen; grupos xiitas no Iraque;
e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia
e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realiza bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no
dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao quartel-general do
grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmam que mataram
praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes
realizados nas últimas semanas. No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos
ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim do conflito.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar brasileiros
no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários
à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na
Faixa de Gaza, Israel busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7
de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundo informações do governo
israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o
Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
O líder do Hamas, Yahya Sinwar, segue escondido em túneis na Faixa de Gaza,
onde também estariam em cativeiro dezenas de israelenses sequestrados pelo
Hamas.