cnn -11/01/2024 15:25
As buscas pelo helicóptero que desapareceu em São Paulo na
véspera do Ano-Novo chegaram nesta quinta-feira (11) ao 11º dia. Ainda não há
informações concretas sobre o paradeiro da aeronave, que tinha quatro
ocupantes.
Participam das operações de resgate equipes da Força Aérea
Brasileira (FAB), do Corpo de Bombeiros e das polícias Civil e Militar.
Mesmo com quase duas semanas de incertezas, familiares dos passageiros dizem ainda manter esperança de
encontrá-los com vida.
Veja a cronologia dos fatos:
Dia 31 de dezembro
13h15:
O helicóptero Robinson R44 de prefixo PR-HDB decola do
aeroporto Campo de Marte, na cidade de São Paulo, com destino a Ilhabela, no
litoral norte do estado.
Pouco depois da decolagem, a comerciante Luciana Rodzewics,
46 anos, postou no Instagram da loja em que é proprietária um vídeo da aeronave
decolando
14h25
O empresário Raphael Torres, 41, que também estava no voo, envia uma mensagem de áudio ao filho dizendo que o tempo
estava ruim e que a aeronave tentaria pousar em Ubatuba.
14h42
Em contato com o proprietário do heliponto onde faria o pouso,
o piloto Cassiano Tete Teodoro, 44, revela que estava com dificuldades para
cruzar a serra por causa do excesso de nuvens. Cassiano diz que tentaria elevar
a altitude e que tentaria achar um “buraco” –jargão da aviação que significa um
ponto de céu limpo.
14h49
Cassiano e o dono do heliponto se falam novamente. O piloto
volta a reclamar das condições climáticas e diz que não estava conseguindo
subir a camada de nuvens;
14h55
O piloto diz ao proprietário do heliponto que iria tentar
voar por cima das nuvens.
15h13
O heliponto faz novo contato com a aeronave, mas não há
retorno.
Horário desconhecido
Filha de Luciana, Letícia Rodzewics, 20, que também estava
no voo, envia mensagem ao namorado dizendo que havia muita neblina e
que o piloto tentaria voltar. Ela revela que a aeronave fez um pouso de
emergência, mas não soube precisar o local exato.
22h40
O Comando de Aviação da Polícia Militar e o Corpo de
Bombeiros de São Paulo geraram um alerta para possível queda do helicóptero.
Dia 1º de janeiro
A Força Aérea Brasileira inicia as buscas pelo helicóptero.
Um avião SC-105 Amazonas decolou de Campo Grande (MS) para o Vale do Paraíba
para fazer a varredura.
A aeronave tem um radar com capacidade de alcance de até 360
quilômetros. O avião conta também com um sistema eletro-óptico de busca por
imagem e por espectro infravermelho. “Isso permite realizar buscas pelo calor,
permitindo detectar, por exemplo, uma aeronave encoberta pela vegetação ou uma
pessoa no mar”, diz a Força Aérea.
22h14
O celular de Luciana Rodzewics, que até então estava ativo,
deixa de emitir sinal.
Dia 3 de janeiro
O corpo de um homem foi localizado às margens de uma represa em
Natividade da Serra, no Vale do Paraíba. Autoridades que participam das
buscas suspeitaram que o cadáver pudesse ter relação com o desaparecimento do
helicóptero.
Dia 4 de janeiro
A Defesa Civil e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de
São Paulo afirmaram que não há nenhum indício de que o corpo encontrado às margens da
represa em Natividade da Serra tenha relação com a aeronave que desapareceu
no dia 31.
Dia 6 de janeiro
A Força Aérea Brasileira reforçou as buscas pela aeronave
desaparecida. Para isso, passou a usar na operação de resgate um helicóptero Black Hawk, um
equipamento militar de médio porte utilizado em missões de de busca e
salvamento.
Dia 8 de janeiro
Mesmo após oito dias de buscas, o porta-voz Comando de
Aviação da Polícia Militar de São Paulo, o major Cesar Augusto Silva afirmou
que a corporação ainda tinha esperança de encontrar com vida as
quatro pessoas que estavam a bordo do Robinson R44.
Dia 9 de janeiro
Familiares dos passageiros decidiram contratar profissionais
para fazer uma busca paralela. Além disso, os parentes contam com voluntários para tentar encontrar
vestígios da aeronave. A equipe é composta, basicamente por mateiros e por
operadores de drones.
Dia 10 de janeiro
Buscas chegam ao décimo dia. A Polícia Civil tenta utilizar
dados de localização emitidos pelos celulares dos passageiros para obter
pistas.