AgNews -30/09/2024 08:43
O cantor Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro
e organização criminosa pela Polícia Civil de Pernambuco na Operação
Integration, de acordo com informações do programa Fantástico, da Rede
Globo, exibido neste domingo, 29. A operação investiga a operação de jogos
ilegais e lavagem de dinheiro por meio de casas de apostas (bets) tem 53 alvos,
entre eles, bicheiros, empresários e a influenciadora digital Deolane Bezerra.
Gusttavo teve a prisão preventiva decretada e depois revogada pela Justiça de
Pernambuco.
O indiciamento, de acordo com o programa, aconteceu em 15 de
setembro. Agora, cabe ao Ministério Público decidir se denuncia ou não o cantor
à Justiça.
De acordo com o programa, os policiais encontraram R$ 150
mil em um cofre na sede da Balada Eventos, empresa de shows de Gusttavo Lima em
Goiânia.
Ainda de acordo com a reportagem, foram encontradas 18 notas
fiscais da GSA Empreendimentos, também do cantor. Elas totalizariam mais de R$
8 milhões.
Em nota enviada ao programa da Rede Globo, a defesa do
cantor informando que o dinheiro no cofre era para pagamento de fornecedores.
Em relação às nota sequenciais, os valores foram declarados e os impostos,
pagos. A defesa afirma ainda que o contrato com a empresa tinha cláusula
anticorrupção e foi suspenso.
Entenda o caso
Em 23 de setembro de 2024, Gusttavo Lima teve sua prisão
preventiva decretada por suspeita de envolvimento em lavagem de dinheiro
oriundo de jogos ilegais e também de ter ajudado outros alvos da polícia - o
dono de uma bet e sua mulher - a escaparem da Justiça durante viagem à Grécia,
após a operação ser deflagrada.
Lima era garoto-propaganda de outro site de apostas, a Vai
de Bet. A suspeita da polícia é de que a Balada Eventos, empresa de Lima,
também fazia um esquema de lavagem de dinheiro de jogos ilegais. A investigação
cita duas transferências de dinheiro em abril (R$ 4,819 milhões) e maio do ano
passado (R$ 4,947 milhões).
Gusttavo também foi acusado de ocultar a propriedade de um
avião, ao vender uma aeronave para José André da Rocha Neto, dono da Vai de
Bet.
No dia seguinte, 24 de setembro, um desembargador revogou a
ordem de prisão, assim como também determinou o afastamento da suspensão do
passaporte e do certificado de registro de arma de fogo, bem como de eventual
porte de arma de fogo, e demais medidas cautelares que haviam sido solicitadas
contra o cantor.
Gusttavo Lima estava fora do País cumprindo compromissos
profissionais na ocasião da ordem de prisão. Ele retornou ao Brasil no dia 25,
e, na sexta-feira, 27, fez um show em Marabá, no Pará, em que fez um comentário
ao público que soa como referência à situação.
"Faça o certo, o errado todo mundo já faz. Seja
honesto. Quando o mundo ameaçar cair sobre o teu lado, a tua honestidade te
salvará. Seja certo, seja justo, seja honesto, para que quando tudo parecer
desmoronar, só tua honestidade te salvará. Obrigado a cada um de vocês pelo
carinho e pela presença", disse ele.