Em Portugal, Lula defende reformulação do Conselho de Segurança da ONU

r7 -22/04/2023 17:01

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em encontro com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu a ampliação do número de membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.

Em discurso, o presidente brasileiro criticou a atual formação do conselho. “Eles são os membros do conselho e eles decidem a guerra sem ao menos consultar o conselho. Foram os Estados Unidos contra o Iraque, a Rússia contra a Ucrânia, a França e a Inglaterra contra a Líbia; ou seja, eles mesmos desrespeitam as decisões do Conselho de Segurança, e por isso precisamos tentar mudar”, declarou Lula.

Atualmente, os membros permanentes do Conselho de Segurança são Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China.

O chefe do Executivo brasileiro também afirmou que nunca igualou as responsabilidades da Rússia e da Ucrânia em relação à guerra.

“Eu sei o que é invasão e o que é integridade territorial. Mas agora a guerra começou, e alguém precisa falar em paz”, disse. Já o presidente de Portugal reforçou o posicionamento do país sobre ajudar a Ucrânia na defesa do território.   

Lula também foi questionado sobre as questões relativas ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, mas declarou que só tratará do assunto quando retornar para o Brasil.

O presidente quer que o Brasil sedie a COP30, em 2025, na cidade de Belém (PA). Já foi enviada a candidatura do país ao evento.

Programação

No domingo (23), a agenda de Lula está sem compromissos, por enquanto, o que sugere que ele vá ter um dia livre nas terras portuguesas. Na segunda-feira (24), o presidente segue para Matosinhos, no norte de Portugal, para participar de um fórum empresarial em que temas como energia, mobilidade, saúde, tecnologia e inovação serão debatidos. Lula retorna a Lisboa no mesmo dia em um cargueiro KC-390, produzido pela Embraer.

Ainda na segunda-feira, Lula vai assinar o diploma do prêmio Camões concedido ao cantor e compositor brasileiro Chico Buarque, em 2019. A honraria não foi entregue por falta da assinatura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).