cnn -06/02/2024 10:51
Duas mulheres disseram nesta segunda-feira (5) que o lateral-direito Daniel Alves as
apalpou antes de alegadamente estuprar uma amiga delas em uma boate de
Barcelona, em dezembro de 2022, durante o julgamento do jogador na Espanha.
Uma amiga e uma prima da mulher que levou as acusações
contra Daniel Alves à Justiça estavam na boate com ela naquela
noite e disseram ao tribunal que Dani Alves as convidou para a área VIP onde
ele estava com um amigo.
Em depoimentos carregados de emoção, elas afirmaram que Daniel Alves as
apalpou e flertou com a autora da queixa antes de descreverem o que aconteceu
depois da alegada agressão. O tribunal não divulgou os nomes delas.
O ex-jogador do Barcelona, de 40 anos, foi preso em janeiro
do ano passado e se encontra sob prisão preventiva desde então.
Daniel Alves negou ter tido qualquer relação
sexual com a mulher em um primeiro momento e disse que não a conhecia. Depois,
afirmou que teve uma relação sexual consensual com ela no banheiro de uma
boate, acrescentando que a negação original era para proteger o casamento.
Se ele teve sexo consensual ou forçado com a mulher é o
ponto central do julgamento no Tribunal Provincial de Barcelona.
O promotor público do caso acusa Daniel Alves de
forçar a mulher a fazer sexo e de não usar camisinha. A acusação busca uma
sentença de 9 anos de prisão e que Daniel Alves pague indenização
de 150.000 euros (cerca de R$ 800 mil) à vítima.
A prima da mulher afirmou que ela nem havia beijado Daniel Alves antes
de deixar a área pública e que não estava ciente que estava entrando no
banheiro onde o alegado estupro aconteceu quando ele insistiu que eles fossem
para outro lugar.
Após cerca de 15 minutos, Daniel Alves saiu
do banheiro e, alguns minutos depois, a mulher o seguiu, parecendo “arrasada”,
disse a prima.
“Ela disse que precisava ir embora. Fomos pegar nossos
casacos e antes de chegar lá minha prima me disse que ele (Daniel Alves) a
havia machucado muito e ejaculado dentro dela”, disse a testemunha.
Daniel Alves, vestido com calça jeans azul, uma camisa
branca e um casaco escuro, sentou impassível na primeira fila do tribunal durante
o depoimento.
As duas testemunhas afirmaram que a amiga estava
inicialmente relutante em apresentar queixa porque estava preocupada que não
acreditassem nela. Desde então, perdeu muito peso, não consegue trabalhar e
sofre de ansiedade, mal saindo de casa, acrescentaram.
A própria mulher depôs em uma sessão a portas fechadas,
falando atrás de uma tela e com a voz distorcida para proteger sua identidade.