r7 -09/02/2025 08:45
Após 491 dias em cativeiro, os reféns israelenses Eli Sharabi, Or Levy e Ohad Ben Ami foram libertados pelo grupo terrorista Hamas neste sábado (8). As condições de saúde dos três são alarmantes, conforme relatado pelos hospitais que os receberam em Israel.
A Dra. Yael Frenkel-Nir, diretora do Hospital Geral Sheba e
chefe da equipe médica responsável pelo atendimento de Eli Sharabi, de 52 anos,
e Or Levy, de 34, afirmou que os efeitos do longo período de cativeiro eram
claramente visíveis.
Ela destacou que esta é a quarta vez que o hospital recebe
reféns libertados de Gaza desde o início da trégua em 19 de janeiro, sendo esta
a situação mais grave até o momento.
“A condição médica deles é precária, e desta vez está ainda
pior”, declarou Frenkel-Nir em coletiva de imprensa. “Condições tão desumanas
têm graves consequências para a saúde. Com base em nossa experiência, o
cativeiro prolongado resultou em uma deterioração significativa de seu estado,
e estamos profundamente e seriamente preocupados com aqueles que ainda
permanecem sob o controle do Hamas.”
Ohad Ben Ami, de 56 anos, apresenta um quadro nutricional
severo, segundo informações do Hospital Ichilov, em Tel Aviv. O subdiretor do
centro médico, Gil Fire, afirmou que, na avaliação inicial, ficou evidente que
Ben Ami retornou com “perda significativa de massa corporal e um estado
nutricional crítico.”
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que as
“imagens chocantes” dos reféns libertados não ficarão sem resposta. O
presidente israelense, Isaac Herzog, classificou a exibição dos prisioneiros
pelo Hamas como “um espetáculo cínico e cruel,” que configura “um crime contra
a humanidade.”
A libertação dos reféns ocorreu como parte de um acordo de
cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que incluiu a troca de 183 prisioneiros
palestinos. Este foi o quinto intercâmbio desde o início da trégua.