metropoles -03/08/2024 13:03
O jovem Israel dos Santos Assis, o Pinguim, de 22 anos, deu
declarações chocantes sobre o consumo de carne humana durante interrogatório
para a Polícia Civil da Bahia. Ele foi preso no dia 24 de de julho por furtar
ossos do cemitério de São Francisco do Conde (BA), mas um vídeo dele
confessando que preparou carne humana com feijão repercutiu nesta semana.
Durante interrogatório que o Metrópoles teve
acesso, Pinguim disse que fritou um pedaço de perna humana na frigideira,
depois temperou o “alimento” com limão e vinagre.
Em vídeo gravado pela polícia, Israel afirmou que colocou a
carne humana no feijão para experimentar o sabor. “Não engoli, não. Só mastiga
e joga fora, só pra sentir o gosto. É doce, mas não pode engolir, não”,
explicou.
Israel foi solto por decisão judicial desta sexta-feira
(2/8) e vai responder em liberdade pelo crime de violação de sepultura. Ele foi solto com a condição de
comparecer semanalmente no Centro de Atenção Psicossocial (Caps).
“Israel sofre de problemas mentais. Ele tem visíveis
transtornos, faz uso de medicamentos antidepressivos e está sendo acompanhado
pelo Caps. Contudo, ele atualmente não é inimputável. No futuro, iniciada a
ação penal, ele certamente será submetido a verificação de higidez mental para
averiguar se ele tinha ou não entendimento do que estava fazendo”, explica
ao Metrópoles o advogado dativo Luan Santos, que assistiu ao jovem no
momento da prisão.
Encomenda para ritual
Durante o interrogatório com a Polícia
Civil, Pinguim disse que apesar da vontade de comer a carne humana, o que o
motivou a ir no cemitério e furtar os restos mortais foi uma encomenda.
Ele citou três pessoas que o teriam contratado por R$ 180
para retirar os ossos das covas. As ossadas seriam utilizadas em rituais
religiosos, segundo o jovem preso.
No entanto, Israel acabou sendo preso em flagrante por
policiais da cidade, quando esperava pelo comprador dos ossos.
O jovem disse que usou o dinheiro, que foi entregue
adiantado, para comprar um sapato, cortar o cabelo e comer lanches. O caso é
investigado pela 21ª Delegacia Territorial da Polícia Civil da Bahia.