noticias ao minuto -19/03/2025 14:10
Os bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza resultaram em mais de 970 mortos nas últimas 48 horas, segundo um balanço divulgado nesta quarta-feira (20) pelo Ministério da Saúde do Hamas.
Desde o início da ofensiva israelense, em outubro de 2023, o
número total de mortos no território já ultrapassa 49,5 mil pessoas, conforme
informado pelo ministério à agência de notícias francesa AFP.
O Exército de Israel negou as alegações de que um ataque
aéreo teria atingido um complexo da ONU na cidade de Deir el-Balah, deixando um
trabalhador estrangeiro morto e outros cinco feridos.
"Contrariamente a essas informações, o Exército
israelense não atacou um complexo da ONU em Deir el-Balah", declarou a
força militar em comunicado oficial.
Em resposta à AFP, um porta-voz militar acrescentou que não
houve qualquer operação militar na área mencionada pelo Hamas.
Israel retomou sua ofensiva aérea contra Gaza na
segunda-feira à noite (18), encerrando um cessar-fogo que durou quase dois
meses, iniciado em 19 de janeiro. Durante a trégua, o Hamas e Israel realizaram
trocas de reféns israelenses por prisioneiros palestinos detidos em território
israelense.
A expectativa era de que a pausa nos confrontos levasse a
uma nova fase de negociações, mas as partes não chegaram a um consenso sobre os
termos do acordo.
A atual ofensiva de Israel foi uma resposta ao ataque do
Hamas em 7 de outubro de 2023, que deixou cerca de 1.200 mortos e resultou no
sequestro de aproximadamente 250 reféns, levados para Gaza.
A secretária-geral da Anistia Internacional, Agnès
Callamard, condenou a retomada dos bombardeios israelenses, classificando-os
como um retrocesso no processo de resolução do conflito.
"O genocídio de Israel e seus ataques aéreos ilegais já
causaram um sofrimento humanitário sem precedentes em Gaza. Agora, voltamos à
estaca zero", declarou Callamard em comunicado da organização.