hernandes dias lopes -22/09/2024 08:43
“Assim como o homem pensa, assim ele é” (Pv 23.7).
O cirurgião plástico e psicólogo Maxwell Maltz diz que
nossos pensamentos são o piloto da nossa alma. Salomão, no texto em epígrafe,
diz que assim como o homem pensa, assim ele é. Já o psicólogo cristão Lawrence
Crabb Jr diz que nossos pensamentos determinam nosso comportamento e nosso
comportamento norteia os nossos sentimentos.
J. B. Carvalho, no seu livro “Metanoia” faz menção ao livro
de Daniel Goleman, “Foco” e destaca os quatro níveis de consciência:
inconsciência ignorante, conscientemente ignorante, conhecimento consciente e
conhecimento inconsciente. Vamos examinar esses quatro níveis de consciência.
Em primeiro lugar, a incompetência inconsciente. Você
não sabe, e não sabe que não sabe. Há pessoas que vivem alienadas a tal ponto
de nada saberem. Além de não saberem, não têm sequer consciência de sua
ignorância. Vivem numa redoma aparentemente confortável de sua ignorância
plena. Baseado na máxima de Salomão, que o homem é o que ele pensa, aqueles que
não sabem e não sabem que não sabem, vivem no mais baixo nível de conhecimento,
ou melhor, envoltos num pleno desconhecimento. A incompetência inconsciente é
uma acomodação crônica, um estágio de vegetação intelectual, uma desistência do
exercício de pensar.
Em segundo lugar, a incompetência consciente. Você
não sabe, mas sabe que não sabe. O sábio é aquele que tem consciência de sua
limitação. Ele não faz propaganda de si mesmo nem toca trombeta acerca de seu
conhecimento e de seus feitos. A arrogância intelectual é uma evidência
inconteste da ausência de sabedoria. Lata vazia é que faz barulho. O restolho
que só tem palha e sabugo é que fica empinado sem jamais se curvar. Aqueles que
sabem têm plena consciência de que pouco ou quase nada sabem. Têm certeza de
que aquilo que não sabem é infinitamente maior do que o que sabem. Altivez
intelectual não passa de propaganda enganosa num invólucro de sapiência .
Em terceiro lugar, a competência consciente. Você sabe, e sabe que sabe. É possível saber e saber que se sabe. Porém, aqueles que têm competência consciente, sabem que o que sabem não é um saber abrangente, mas limitado. É impossível saber tudo de forma ampla e profunda. Só Deus é onisciente. Nosso saber é raso, fragmentado e parcial. Por mais profundo que seja o nosso conhecimento, há ainda profundezas a serem exploradas.
O saber é uma
mina inesgotável, não totalmente explorada, onde se escondem tesouros
inestimáveis. Por outro lado, a competência consciente livra o homem da falsa
humildade. Seu saber, embora não absolutamente exaustivo, é consciente. No
âmbito que lhe compete, ele domina. Seu saber é suficiente para ele aquietar
sua própria alma e ainda ensinar aos outros o fruto de suas investigações. É
por isso que aqueles que conhecem a Verdade, e a Verdade é Cristo, não
podem calar sua voz.
Em quarto lugar, a competência inconsciente. Você sabe, mas não sabe como sabe. O último estágio desse processo mental ocorre quando você sabe, mas não têm total clareza do todos os mecanismos envolvidos no processo desse aprendizado. Aprendemos com o que ouvimos, vemos, tocamos, observamos e experimentamos. Nossa mente tem janelas abertas para o aprendizado. Os mestres do saber estão ao nosso redor. Feliz aquele que tem ouvidos para ouvir. Nosso cérebro é elástico e resiliente. Pode mudar e crescer novamente. É sempre capaz de aprender.
Quando mudamos a forma de pensar,
mudamos nossa atitude. Por isso, o apóstolo Paulo diz que devemos pensar nas
coisas lá do alto. Aqueles que assim procedem buscam em primeiro lugar o reino
de Deus e a sua justiça. Quando os pensamentos de Deus governam os nossos
pensamentos, então, deixamos de lado as ideias destrutivas para nos conectarmos
com a cosmovisão divina. Não alugue, portanto, sua mente para inquilinos
destruidores. Hospede em sua mente a Verdade e ela conduzirá você pelas veredas
iluminadas da santidade e da felicidade.