hernandes dias lopes -05/05/2024 07:23
A falta de esperança é o apanágio de nossa geração. Não obstante o avanço da ciência e o crescimento espantoso da comunicação pelos recursos das mídias sociais, as pessoas vivem desassistidas de esperança. A riqueza, por mais colossal, não produz esperança.
O conhecimento, por mais robusto, não traz em suas asas esperança. O poder político, por mais alentado, não produz esperança. Força, poder e conquistas não acendem as luzes da esperança. Por isso, o mundo jaz mergulhado num caudal de desespero. Os homens, grandes e pequenos, são prisioneiros da desesperança.
Destacamos, aqui, alguns pontos importantes:
Em primeiro lugar, a esperança não vem da terra, mas do céu. A terra com toda a sua amplidão, com todas as suas cores, com todas as suas vozes e com todas as suas obras e realizações não pode trazer a nós o oxigênio da esperança. A esperança não é concebida pelos homens nem é gestada na terra; ela procede do céu, vem de Deus; é uma dádiva divina mais do que uma conquista humana.
Os símbolos da glória humana: conhecimento, poder e força são frágeis demais, limitados demais para dar à luz a esperança. Nossa esperança não se limita, portanto, à esta vida; aguardamos a vida porvir. Não se limita às riquezas efêmeras; aguardamos a herança incorruptível. Não se limita aos prazeres passageiros; aguardamos a bem-aventurança eterna.
Em segundo lugar, a esperança não procede dos homens, mas de Deus. Os homens, criados à imagem e semelhança de Deus, são dotados de muitas habilidades. Concebem grandes projetos. Realizam grandes obras. Operam grandes façanhas. Os homens têm tornado seu nome célebre. Assinam grandes obras de arte e edificam monumentos que encantam os olhos e trazem as marcas do conforto. Porém, por mais bem dotados, e por mais fascinantes que sejam suas obras, jamais conseguem trazer na esteira de suas realizações, a esperança.
Na célere corrida entre o berço e a sepultura, tudo que o homem põe as mãos tem a marca da efemeridade. Suas obras são superadas por outras maiores. Seus projetos caducam. Suas riquezas corroem. Seus palácios colapsam. Somente o Deus autoexistente, eterno, imutável, onipotente, onisciente, onipresente e transcendente pode dar esperança, porque ele mesmo é a nossa esperança. Fora de Deus reina a desesperança. Sem Deus é vida é carimbada pelo desespero. Mas, Jesus, o Deus encarnado, é a nossa esperança, nossa viva esperança.
Em terceiro lugar, a esperança não é otimismo humanista, mas Jesus, o Cristo. Há aqueles que anseiam por uma definição de esperança, para tentarem acomodar nela o otimismo humanista. Mas, esperança não é apenas um otimismo alentado. Esperança não é apenas expectativas de dias melhores, de coisas melhores, de melhor destino.
A esperança não é um substantivo abstrato. A verdadeira esperança tem nome e endereço. A nossa esperança é Jesus. Ele desceu do céu para nos levar ao céu. Ele sendo rico se fez pobre para nos tornar ricos. Ele sendo o Rei da glória se fez servo, para nos tornar filhos e herdeiros de Deus. Ele sendo santo, se fez pecado por nós, para nos redimir do pecado.
Muitos buscam a esperança da vida porvir nas obras de caridade. Desdobram-se para fazer o bem, com o propósito de alcançar a felicidade eterna. Fazer o bem faz bem para quem o pratica, mas em si mesma, a prática do bem não produz esperança. Outros buscam a esperança da vida futura na religião e nos ritos sagrados. Mas, a religião por mais antiga e por mais adeptos que possua não pode conceder esperança. Nossa esperança não emana de quem somos, mas de quem Jesus é. Dele vem a nossa esperança. Ele é nossa esperança e nele esperaremos para todo o sempre!