Rev. Hernandes Dias Lopes -04/08/2024 12:39
Depois de listar as obras da carne (Gl 5.19-21), o apóstolo
Paulo passa a falar sobre o fruto do Espírito (Gl 5.22,23). Se as obras da
carne tratam de pluralidade, o fruto do Espírito tem a ver com a singularidade.
Não são frutos, mas fruto. As virtudes elencadas são gomos de um mesmo fruto.
Têm a mesma fonte, o Espírito Santo. De tal maneira, que uma pessoa não poder
este fruto e não ter aquele. O fruto é um só, com vários aspectos. Vejamos:
Em primeiro lugar, amor. O amor é a
principal virtude cristã. É o maior mandamento e, também, o próprio cumprimento
da lei de Deus. O amor é a evidência do verdadeiro discipulado.
Em segundo lugar, alegria. A alegria é o
apanágio do crente. Fomos alcançados pela boas-novas de grande alegria. O reino
de Deus que está dentro de nós é alegria no Espírito Santo. A ordem de Deus é:
“Alegrai-vos”. A alegria do Senhor é a nossa força.
Em terceiro lugar, paz. A paz é resulto da
nossa reconciliação com Deus e na nossa intimidade com Deus. Temos paz com Deus
e experimentamos a paz de Deus. Aqueles que são governados pelo Espírito Santo
têm a alma pacificada. Vive em paz, é mensageiro da paz e pacificador.
Em quarto lugar, longanimidade. Esta
virtude tem a ver com a paciência triunfadora. É possuir um ânimo longo. É não
perder as estribeiras diante das adversidades e ou perseguições. Longanimidade
é caminhar a segunda milha, é reagir transcendentalmente.
Em quinto lugar, benignidade. Benignidade é
revelar amor no trato, doçura no falar e bondade nas ações. É pensar bem do
próximo, colocá-lo em primeiro lugar, buscar a honra do outro antes da honra
própria.
Em sexto lugar, bondade. Bondade é pensar
no bem do próximo e fazer o que é melhor para ele. É colocar o outro na frente
do eu. É buscar meios e formas de honrar o outro, cuidar do outro e socorrê-lo
em suas necessidades.
Em sétimo lugar, fidelidade. Felicidade é
ser íntegro, é respeitar a honra do próximo e cumprir os compromissos
assumidos. Ser fiel é empenhar a palavra e a honra no cumprimento dos votos
assumidos.
Em oitavo lugar, mansidão. Mansidão é poder
sob controle. É força domesticada. É vencer o mal com o bem. Ser manso não é
ser fraco, é antes, a disposição de sofrer o dano, mesmo tendo oportunidade de
prevalecer sobre o próximo.
Em nono lugar, domínio próprio. Ter domínio
próprio é ter controle sobre si mesmo. É viver sem perder as rédeas dos
sentimentos. É saber a hora certa de falar e de agir. É ser controlado pelo
Espírito Santo. Esses gomos do fruto do Espírito são uma expressão eloquente
das virtudes de Cristo estampadas em nós.